26/01/2009

Fiocruz já produz antiaids

A Fundação Oswaldo Cruz começa a produzir esta semana o primeiro lote do Efavirenz, um dos medicamentos antirretrovirais usado no coquetel antiaids, e que teve o licenciamento compulsório (quebra de patente) decretado pelo Ministério da Saúde em 2006. Cada comprimido custará R$ 1,39. A Merck, laboratório que detém a patente, cobrava US$ 1,50 por unidade, mas, nos últimos dois anos o país vinha importando a droga do laboratório indiano Ranbaxy.


O registro da droga, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foi publicado ontem no Diário Oficial da União. Segundo Eduardo Costa, diretor de Farman-guinhos, unidade da Fiocruz que fabricará os comprimidos, 2,1 milhões de unidades serão entregues ao Ministério da Saúde até 15 de fevereiro.


Antes da quebra de patente, o País gastava cerca de R$ 90 milhões com a compra do remédio, usado por 77 mil pacientes. Com a aquisição do genérico produzido na Índia, a economia superou os R$ 25 milhões anuais.


"Mas não se pode analisar essa importação apenas do ponto de vista financeiro. Importar da Índia pode até ser mais barato, mas economicamente é mais vantajoso fabricar aqui, pela inovação, tecnologia, ampliação do parque industrial e capacidade de gerar novos empregos", analisou. O Ministério da Saúde já acertou a compra de 15 milhões de comprimidos, que custarão cerca de R$ 20 milhões.


Fonte: Jornal de Brasília

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