17/03/2021

Fiocruz entrega ao PNI primeiro lote de vacinas Covid-19 e deve fechar semana com 1 milhão de doses

Com o registro definitivo, concedido pela Anvisa, em 12 de março, a Fiocruz passou a ser a detentora do primeiro registro de vacina ao novo coronavírus produzida no país. Pode produzir até 6 milhões de doses semanais

A Fiocruz promoveu, na manhã desta quarta-feira (17/3), uma cerimônia para marcar a entrega ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS) do primeiro lote de vacinas Covid-19 produzidas na instituição. O evento, no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro, contou com a presença do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, do presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia e que tomará posse em breve como novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, da presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima, e outras autoridades. A Fundação entregou 500 mil doses e, até sexta-feira (19/3), entregará outras 580 mil. Há estimativa de produção semanal de até 6 milhões de doses.

Com o registro definitivo, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 12 de março, a Fiocruz passou a ser a detentora do primeiro registro de uma vacina Covid-19 produzida no país. Em entrevista coletiva após a saída do primeiro caminhão com lotes da vacina, Queiroga disse que o distanciamento social e a melhora no atendimento hospitalar, aliados à vacinação em massa e o respeito aos protocolos, como o uso de máscaras, contribuirão decisivamente para o controle da pandemia e a diminuição do número de mortes e internações. Ele ressaltou que conta com a força da Fiocruz para vencer a pandemia. Pazuello afirmou que o país “sangrou” devido aos atrasos com a produção da vacina e que até julho o país terá imunizado metade de sua população vacinável e a outra metade até o fim do ano.

A presidente Nísia Trindade Lima disse que a entrega das primeiras doses fabricadas na Fiocruz “é um marco para o país começar a superar a grave crise sanitária, econômica, social e humanitária que vive”. Segundo a dirigente, “a vacina é um dos principais instrumentos para virarmos esta página. Em breve daremos outro passo importante, o da fabricação do insumo na Fiocruz e então poderemos ampliar o fluxo de entregas ao Ministério da Saúde. Tudo fruto de um trabalho coletivo, com a parceria internacional de Oxford, da Astra/Zeneca e do Instituto Serum. E que mostra, mais uma vez, a importância de o país contar com laboratórios públicos como a Fiocruz e o Butantan”.

Ela agradeceu o empenho dos trabalhadores da Fundação, em especial os do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), unidade que produz o imunizante. Nísia também destacou a dedicação dos vice-presidentes de Produção e Inovação em Saúde, Marco Aurélio Krieger, e de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mario Moreira, ao esforço que permite à Fiocruz produzir a vacina.

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias.

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