06/10/2014
Corpo estará sendo velado até o início da noite desta segunda-feira (6) na Capela Vaticano Rubi, em Curitiba
O Conselho Regional de Medicina do Paraná registra com profundo pesar o falecimento do Dr. Luiz Carlos Benthien (CRM 4659), de 66 anos, ocorrido domingo à noite em Curitiba. O corpo está sendo velado na Capela Vaticano Rubi, devendo seguir à noite desta segunda-feira, 6 de outubro, para o Crematório Vaticano. Deixa viúva D. Mara Claudia Faraco Benthien e um casal de filhos.
Natural de Blumenau (SC), Dr. Benthien graduou-se em 1975 pela Faculdade Evangélica (Fepar). Era especialista em geriatria, clínica médica e neurologia. Também era pós-graduado ao Medicina Interna pela UFPR. Membro titular da Academia Brasileira de Neurologia e geriatra e gerontólogo pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, foi o fundador da Fundação de Apoio e Valorização do Idoso (Favi), tendo implementado o programa “Idoso adote uma criança”, iniciativa voltada a estimular pessoas idosas a adotar e investir na educação de crianças de rua para reinseri-la na sociedade. Há mais de uma década promovia fóruns do Dia Mundial do Alzheimer.
Membro do Departamento Científico de Dor da Academia Brasileira de Neurologia, foi idealizador do programa de simpósios de dor do Hospital Pilar, do qual também integrava o corpo clínico. “Uma grande perda. Destacava-se no ambiente hospitalar por seu dinamismo, altivez e principalmente sua compreensão e paciência com o público que mais cresce no segmento de trato médico-hospitalar: o idoso. Sua simplicidade e também cumplicidade davam aos pacientes segurança e empatia”, referiu-se Luis Rodrigo Milano, da direção executiva do Pilar.
“Um profissional ético, correto e de refinada formação científica. Além de participação ativa e constante em eventos científicos no Brasil e exterior, é preciso ainda realçar entre seus méritos a simplicidade e dedicação ao trabalho, com colaboração ao ensino e pesquisa na área de dor”, manifestou o Prof. Jaime Olavo Marquez, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Estudo da Dor, que no ano passado tinha indicado o nome do Dr. Benthien como candidato à Medalha de Lucas – Tributo ao Mérito Médico, do CRM-PR.
"Dono de memória privilegiada, fazia da profissão um sacerdócio. Estudioso, poliglota, bem relacionado, estava sempre atento aos avanços da Medicina. Tinha ímpar característica: não ficava como médico em seu consultório; fazia contatos e visitas a pacientes especiais, que apresentavam quadros mais graves ou inspiravam cuidados. Fazia acompanhamento próximo, independentemente da condição financeira do paciente". O depoimento é da jornalista e escritora Regina Kracik Teixeira.