A FENAM vem manifestar seu protesto e repúdio com a atitude de alguns setores da imprensa, jornalistas e apresentadores
que têm, insistentemente, rotulado o episódio com o epíteto de "erro médico"
A diretoria da Federação Nacional dos Médicos (FENAM) lamenta profundamente a morte do bebê de apenas treze dias, ocorrida
no dia 8 de novembro, no Hospital Municipal Professor Mário Dégni, no Rio Pequeno, na Zona Oeste de São Paulo. A criança,
que nasceu prematura, estava internada na UTI neonatal do Hospital e precisava receber soro com medicamentos para evitar infecções,
mas devido ao erro de uma auxiliar de enfermagem, recebeu 10 ml de leite na veia, ao invés do líquido correto.
Diante da situação, a FENAM manifesta seu imenso pesar e solidariedade à família, por acreditar que nada vai sanar a ferida
deixada por perda tão súbita e inexplicável.
A imprensa, no seu dever de informar, vem repercutindo o fato com o destaque que a perda de uma vida em tão tenra idade
merece. Por outro lado, a FENAM, em nome dos médicos brasileiros, não pode se calar e vem manifestar seu protesto e repúdio
com a atitude de alguns setores da imprensa, jornalistas e apresentadores que têm, insistentemente, rotulado o episódio com
o epíteto de "erro médico".
Ressaltamos que nenhum médico esteve envolvido com o acidente. O ato que levou à morte da criança não foi um ato médico.
Portanto, divulgar o acontecido como "erro médico" é não informar com a clareza e precisão necessária que o exercício do bom
jornalismo impõe. Ao atribuir a responsabilidade do caso à equipe médica, a imprensa confunde a população, prestando um desserviço,
além de macular o nome e a imagem de todos os médicos.
Fonte:
href=" http://portal.fenam2.org.br/portal/showData/396420" target="_blank">FENAM