01/12/2016
O grupo iniciou os trabalhos já nesta quarta (30), com uma reunião com a atual direção da unidade
O governador Beto Richa autorizou, nesta quarta-feira (30), a nomeação dos sete membros da comissão
administrativa que vai conduzir o processo de intervenção no Hospital Municipal Padre Germano Lauck, em Foz
do Iguaçu. O grupo iniciou os trabalhos já nesta quarta, com uma reunião com a atual direção
da unidade.
Ao todo, são cinco titulares e dois suplentes, todos indicados dentro do quadro do
Governo do Estado e da Prefeitura de Foz. "Escolhemos uma equipe técnica, preparada para dar novos rumos a este hospital
tão importante para toda a região", explicou o governador.
Richa ressalta que a medida vai
auxiliar no resgate do hospital, que passa por uma grave crise financeira. "Não podemos nos omitir neste tipo de situação.
Vamos fazer de tudo para garantir que o atendimento seja mantido e a população não seja prejudicada",
assegurou.
A nomeação dos componentes da comissão atende ao decreto estadual 5.582/2016,
em que o governador Beto Richa autoriza o Estado a assumir a gestão do hospital. O objetivo é fortalecer a unidade,
que se consolidou como a única referência de urgência e emergência para Foz do Iguaçu e mais
oito municípios.
Atualmente, o Hospital Municipal conta com 180 leitos, sendo 26 de UTI. Recentemente,
a unidade foi alvo de uma série de denúncias de corrupção, que estão sendo investigadas
pelo Ministério Público. A situação gerou diversos problemas administrativos, que ameaçam
o funcionamento da estrutura.
De acordo com o secretário estadual da Saúde, Michele
Caputo Neto, a comissão será responsável por avaliar criteriosamente a real situação do
hospital. “Após isso, o grupo terá a missão de reorganizar o serviço, definindo as atitudes
necessárias para garantir a continuidade do atendimento da população", informou o secretário.
A
equipe será coordenada pelo diretor-técnico da Fundação Estatal de Atenção à
Saúde do Paraná (Funeas-PR), Moisés Warszawiak. A instituição, vinculada ao Governo do
Estado, será importante para o projeto de fortalecimento do hospital em curto e médio prazo, especialmente na
contratação de profissionais médicos e outros serviços.
O diretor-geral da
Secretaria estadual da Saúde, Sezifredo Paz, afirma que a intervenção é administrativa e não
judicial, conforme consenso com os Ministérios Públicos Estadual e Federal. “A intervenção
terá um prazo de 180 dias, renováveis por mais 180 dias. Ela envolve exclusivamente a gestão dos serviços
e não abrange os bens e patrimônios do hospital, que seguem com a prefeitura", esclareceu.
A
intenção é dar estabilidade à instituição e restabelecer o fluxo de atendimento
no local. Os servidores públicos de carreira serão mantidos. Já os profissionais com outros vínculos
empregatícios terão os contratos reavaliados.
Desde 2013, o Estado aplicou mais de R$ 38
milhões em recursos extras para auxiliar no funcionamento da unidade. Os incentivos foram destinados ao custeio dos
serviços e outras despesas importantes.
Para o membro do Conselho de Desenvolvimento de Foz (Codefoz),
Danilo Ventrusculo, a intervenção do Estado é a grande oportunidade de resolver o problema da saúde
em Foz do Iguaçu. “Nos colocamos à disposição para ajudar no que for preciso para resgatar
esta estrutura, tão importante para nossa sociedade. Agradecemos ao Estado por esta atitude e estamos confiantes nas
soluções que serão dadas", disse.
Fonte: Sesa