25/05/2011
Especialistas apoiam ações da Comissão de Honorários Médicos
Presidentes e representantes de sociedades de especialidades dão força ao movimento médico
A Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM) promoveu, no dia 24 de maio, reunião com mais de 20 presidentes e representantes
de sociedades de especialidades paranaenses para discutir as negociações com as operadoras de planos de saúde. De acordo com
o 2.º tesoureiro do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Sérgio Maciel Molteni, foram discutidas alternativas
relacionadas à recuperação dos honorários pagos pelas operadoras. A primeira é reivindicar que a última versão da Classificação
Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) seja aplicada como piso básico para remuneração de consultas e procedimentos
médicos.
Na oportunidade, foi debatida a necessidade de promover assembleias das sociedades de especialidades para articular o
movimento de reivindicação junto às operadoras. Por último, o movimento pretende estimular o descredenciamento individual
dos médicos, caso as reivindicações não sejam atendidas.
Havia grande expectativa dos médicos com a proposta apresentada pela União Nacional das Instituições de Autogestão em
Saúde (Unidas), empresa que representa mais de 15 planos de saúde no Estado. O presidente da CEHM, José Fernando Macedo, informou
que a proposta da Unidas apresentada ao negociador contratado pela CEHM eleva para 46 reais o valor pago pela consulta médica.
A empresa pede, ainda, que os médicos do município de Ivaiporã e os cirurgiões cardíacos (que se descredenciaram individualmente
este ano) voltem a atender os planos. A maioria dos médicos presentes na reunião considerou inaceitável a proposta de apenas
11% de reajuste. "As mensalidades pagas pelos usuários às operadoras foram reajustadas em 136%. Os médicos querem receber
no mínimo 100 reais pela consulta", explicou.
Representantes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Paraná (SBEM-PR) mostraram resultados
importantes de adesão dos médicos. Na última reunião da CEHM, a sociedade entregou um documento formal comunicando que, não
havendo negociação com a Unidas, os endocrinologistas se descredenciarão individualmente dos planos. Representantes da Sociedade
de Cirurgia Cardíaca trouxeram o exemplo do Espírito Santo, onde houve descredenciamento individual de todos os médicos da
especialidade e comunicou que no Paraná já ocorre o mesmo.
Apelo à unidade
O presidente do CRM-PR, Carlos Roberto Goytacaz Rocha, disse que falta unidade na classe médica. "Falta participação e
adesão ao movimento", acrescentou. O conselheiro lembra que a decisão judicial, que suspendeu a medida preventiva da SDE,
possui caráter liminar e o mérito da questão ainda não foi julgado. "O Governo apoiou o Ministério da Justiça em sua ação
contrária ao movimento médico", explica.
Participação
O encontro apontou um número importante de sociedades comprometidas com o movimento, tais como a Sociedade Brasileira
de Endocrinologia e Metabologia, Colégio Médico de Acupuntura, Sociedade Paranaense de Nefrologia, Sociedade Brasileira de
Geriatria e Gerontologia, Sociedade Paranaense de Cirurgia Cardiovascular, Associação dos Neurocirurgiões do Paraná, Associação
de Obstetrícia e Ginecologia do Paraná, Sociedade Paranaense de Gastroenterologia, Sociedade Paranaense de Infectologia e
a Sociedade Paranaense de Coloproctologia.
SOGIPA
Especialistas em Ginecologia e Obstetrícia estiveram reunidos o dia 12 de maio com representantes da Comissão Estadual
de Honorários Médicos. De acordo com a Diretora de Defesa Profissional da SOGIPA, Dulce Cristina P. Henriques, "o diálogo
foi intenso e muito produtivo". A posição dos especialistas foi unânime a respeito dos honorários pagos pelas operadoras de
saúde e os gineco-obstetras irão reunir-se novamente em 9 de junho.
Fonte: CRM-PR com dados da Assessoria de Imprensa da AMP