SPP promove evento online e gratuito sobre o tema nesta terça-feira, 15/02, às 19h. Inscrições devem ser feitas no site
O retinoblastoma é pouco conhecido, porém o câncer ocular mais comum na infância. É
o que adverte a Dra. Ana Tereza Ramos Moreira, médica oftalmologista, Referência em Oftalmologia da Sociedade
Paranaense de Pediatria (SPP).
Participarão os Drs. Tiago Tormen, hemato-oncologista pediátrico, que falará sobre o diagnóstico
do câncer infantil; a radiologista Dra. Dolores Bustelo, sobre diagnóstico por imagem; a hemato-oncologista infantil
Dra. Débora Carmo, sobre o tratamento e a evolução do retinoblastoma; e a Dra. Ana, sobre a importância
do exame oftalmológico na criança. O moderador será o Dr. Lisandro Lima Ribeiro.
A ideia surgiu após o casal Thiago Leifert e sua esposa Daiana Garbin virem a público contar parte do drama
pessoal que estão enfrentando, quando do diagnóstico do retinoblastoma em sua filha.
A Dra. Ana diz que o diagnóstico seguido do tratamento precoce faz toda a diferença para a criança
portadora do retinoblastoma, uma vez que o tumor surge precocemente, geralmente antes dos sete anos de idade.
O pediatra exerce papel essencial na identificação do retinoblastoma, pois ele acompanhará os primeiros
anos da vida do bebê. O teste do olhinho (ou teste do reflexo vermelho) é feito ao nascimento ou na primeira
consulta com o pediatra. Em paralelo, recomenda-se que a criança seja submetida a um exame de vista completo entre
seis e 12 meses de vida.
É muito importante a consulta com o oftalmologista, reforça a Dra. Ana, porque este é um tipo de
câncer assintomático. Os pais têm dificuldades em perceber as alterações, que são
muitas vezes sutis.
Sinais
A boa notícia, segundo a Dra. Ana, é a de que existe uma forma de se notar algo irregular. Ela cita como
exemplo uma fotografia. Quando a criança apresenta possíveis sinais do tumor surge uma mancha esbranquiçada
no fundo do seu olhinho, ao invés da mancha vermelha que habitualmente se vê com o flash.
A médica admite que o tumor é pouco frequente, porém, se não tratado a tempo comprometerá
irreversivelmente a visão e a vida da criança. Entre as terapêuticas que podem inclusive curar o retinoblastoma,
dependendo do seu estágio, estão a quimioterapia, a terapia focal e a radioterapia.