22/12/2023
CFM também cobra como zelo pelo pactuado nos contratos com prestadores de serviço credenciados ou contratados por diretores técnicos de planos de saúde, seguros saúde e cooperativas médicas
O Conselho Federal de Medicina (CFM)
divulgou, nesta sexta-feira (22/12), nota à sociedade em que cobra das operadoras respeito à autonomia e ao
sigilo médicos, assim como zelo pelo pactuado nos contratos com prestadores de serviço credenciados ou contratados
por diretores técnicos de planos de saúde, seguros saúde e cooperativas médicas, entre outros.
O posicionamento do CFM vem
em resposta a queixas recorrentes de glosas sem fundamentações adequadas e de solicitações de
acesso a dados sigilosos de pacientes, ambas praticadas por operadoras de planos de saúde. Segundo a autarquia, a Resolução CFM 2.147/2016,
que define diretrizes relacionadas à responsabilidade, atribuições e direitos de diretores técnicos,
diretores clínicos e chefias de serviço em contextos médicos, estabelece uma relação de
reciprocidade com pactos a serem respeitados por ambas as partes.
O CFM destaca que nenhuma
glosa, mesmo as lineares, deve ser aplicada sem uma fundamentação técnica adequada. A autarquia enfatiza
ainda a importância do diretor técnico médico da contratante em zelar pelo cumprimento das disposições
legais e regulamentares em vigor, garantindo o respeito à autonomia e ao sigilo médicos, princípios fundamentais
ao exercício da medicina.
O CFM informa ainda que
será formado um grupo de trabalho, com a participação de representantes de diferentes segmentos, para
apurar denúncias e propor medidas que coíbam excessos, visando trazer maior equilíbrio à relação
entre planos de saúde, médicos e pacientes.
"Ciente de sua responsabilidade na
proteção do exercício da medicina e em defesa da qualidade no atendimento, o CFM ressalta
que empenhará todos os esforços para tornar o ambiente da saúde suplementar ético, seguro e eficiente",
enfatiza o documento.