A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ) realizou, no dia 29 de setembro, uma nova audiência pública
para discutir o Projeto de Lei 268/2002, que dispõe sobre a regulamentação da Medicina. O debate contou com a participação
dos três presidentes das entidades médicas nacionais - Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB)
e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) - além de representantes das 13 profissões da saúde.
Para o presidente do CFM, Roberto d Ávila, o projeto é resultado de um processo democrático, baseado em uma necessidade
da população e não se trata de reserva de mercado ou de corporativismo. Eles defendem o diagnóstico e o tratamento privativos
do médico. O presidente disse, ainda, que "todas as possibilidades de acordo foram feitas a fim de não prejudicar nenhuma
profissão. Quem ganha é a sociedade, que garante uma assistência adequada". Roberto d Ávila considera tanto a proposta atual
quanto a original do Senado boas para os médicos.
Cid Carvalhaes, presidente da Fenam, afirmou que é preciso diferenciar o profissional médico. "A formação de um médico
considera 8 mil horas na graduação, além das especialidades. Outras profissões não chegam a 3 mil horas de formação. É nessas
diferenças que queremos ser tratados. Ninguém é melhor que ninguém."
O relator do Projeto, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), posicionou-se a favor a regulamentação da Medicina e
adiantou que nem todas as alterações realizadas na Câmara dos Deputados serão aceitas. "Quando o projeto passou na Câmara
houve certa radicalização dos médicos. Todas as profissões são importantes, nenhuma pode se arvorar a melhor. Buscaremos uma
harmonia e um consenso para aprovar um relatório que contemple a todos".
O projeto iniciou sua tramitação no Senado, onde foi aprovado por unanimidade. Ao chegar à Câmara sofreu alterações e
retornou à Casa Iniciadora. Neste momento cabe aos senadores avaliarem se mantêm o projeto original ou se aprovam o substitutivo
aprovado pelos deputados. Após análise da CCJ, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) e a Comissão de Assuntos Sociais
(CAS) também devem estudar a proposição. Os representantes das entidades médicas consideraram a audiência pública proveitosa.
"Uma audiência pública é sempre muito bem-vinda porque é um espaço democrático onde as pessoas têm a oportunidade de se
colocarem, inclusive de maneira contraditória e equívoca. O próximo passo é aguardar a elaboração do relatório e apreciação
desta Comissão para prosseguir no trâmite regimental do Congresso e finalizar o mais rápido possível. Que tenhamos de fato
a aprovação definitiva e os marcos regulatórios necessários que estamos perseguindo há quase dez anos," finalizou o presidente
da FENAM.
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Fontes:
href="http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=22244:projeto-sobre-a-regulamentacao-da-medicina-volta-a-ser-analisado-em-audiencia-publica-&catid=3"
target="_blank">CFM,
href=" http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/982881-fisioterapeutas-psicologos-e-enfermeiros-criticam-projeto-de-lei-do-ato-medico.shtml"
target="_blank">Folha e
href=" http://portal.fenam2.org.br/portal/showData/395841" target="_blank">Fenam