Entidades médicas não concordam com o projeto de lei 369/11, que está em tramitação para regulamentar a profissão; outros
projetos sobre o tema já foram rejeitados pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara
Está em tramitação na Câmara Federal o projeto de lei 369/11, do deputado Marçal Filho (PMDB-MS), que dispõe sobre a regulamentação
da profissão de optometrista. No site da Câmara é possível acessar uma
href="http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/200350.html" target="_blank">enquete para votar a favor ou contra
o projeto de lei.
Em abril, a Comissão de Assuntos Políticos (CAP) das entidades médicas nacionais emitiu parecer contrário ao PL. De acordo
com a Comissão esse é o quarto projeto apresentado tentando regulamentar a atividade.
Em 2009, a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara Federal reprovou o PL 1791/07, da deputada Maria do
Rosário (PT-RS), e outros que regulamentavam a optometria. A CSSF entendeu que as atribuições do optometrista conflitavam
com os atos privativos dos médicos.
De acordo com dirigentes das entidades médicas, o optometrista não tem capacidade técnica de fazer diagnósticos de doenças
graves. Um parecer errado pode comprometer a saúde do paciente que, sem o correto diagnóstico, pode desenvolver doenças como
câncer, diabetes, entre outras.
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sobre o projeto.
Audiência no Senado
No dia 13 de julho a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado realizou uma audiência pública, em Brasília, para discutir
o tema. Os médicos brasileiros declararam que não concordam com a regulamentação da optometria, pois consideram o cuidado
com os olhos competência da Medicina. Na audiência estava em discussão o PLS 234/10, do ex-senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS),
que agora está aguardando o parecer do relator, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR).
Na audiência, o representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), Marcos Ávila, afirmou que, diferente de alguns argumentos,
há número suficiente de oftalmologistas no país. Para ele, a melhoria na saúde ocular do brasileiro depende da universalização
do atendimento oftalmológico por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ele, a oftalmologia brasileira é referência
mundial, motivo pelo qual o Brasil já sediou três congressos internacionais da área.
Na opinião do presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Paulo Augusto de Arruda Mello, a evolução da Medicina
não justifica a continuidade da optometria. "A criação da profissão de optometrista é um desserviço ao Brasil". O representante
da Associação Médica Brasileira (AMB), Elizabeto Gonçalves, disse que somente o médico possui uma visão orgânica para fazer
o diagnóstico e detectar doenças que afetam o olho humano.
Fonte: CRM-PR com informações do CFM e Fenam