06/04/2016
Painel exposto na fachada da Sede do Conselho apoia medidas contra corrupção e fim da impunidade
“O CRM-PR defende a ordem jurídica no restauro da legalidade e moralidade em nosso Brasil”. A mensagem está presente em banner que desde a manhã desta terça-feira, 6 de abril, está estampado na fachada de sua Sede do Conselho em Curitiba.
A manifestação não tem cunho político, mas está alinhada à posição de defesa da ética e combate à corrupção anunciada em março pelo Conselho Federal de Medicina e pelos Regionais, bem como vem ratificar o apoio à proposta “10 medidas contra a corrupção”, que há pouco chegou ao Congresso Nacional como Projeto de Lei de Iniciativa Popular com mais de 2 milhões de adesões. Aliás, o Paraná lidera o número de apoiadores, proporcionalmente ao número de eleitores, sendo que o CRM-PR mantém na Sede e nas Regionais a coleta de assinaturas.
A faixa afixada na entrada do prédio tem 3m x 3m e repete outra manifestação pública, ocorrida há cinco anos. Naquela oportunidade, em maio de 2011, a faixa expressava o luto da classe médica em repúdio à decisão da Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, que proibiu os médicos de promoverem paralisações e suspenderem o atendimento aos usuários de planos de saúde. A classe médica foi buscar na Justiça o devido reparo da medida, que produziu reações em todo o País.
De acordo com o presidente do CRM-PR, Luiz Ernesto Pujol, a classe médica tem firmado sua posição de assentimento às ações que vêm sendo empreendidas pela Justiça Federal e Ministério Público Federal no combate à corrupção, pela moralidade, pelo fim da impunidade e pelo respeito aos ordenamentos democráticos. “O futuro do nosso país exige ética e justiça já”, resume.
Confira a nota oficial do CFM e dos Conselhos
“Em virtude dos últimos acontecimentos, amplamente noticiados, expressamos o posicionamento institucional, reiterando a defesa da ética e a importância do combate à corrupção. As decisões do Poder Judiciário, fundamentadas de modo escorreito, devem ser mantidas durante as investigações de ilícitos nas esferas pública e privada, permitindo a consecução dos interesses de cidadania, paradoxais à cultura da impunidade, contra a qual se opõe o princípio tão jurídico quanto civilizado de que a lei é para todos, de que ninguém, republicanamente ninguém, está acima do bem ou do mal.”