Foram eleitos no Paraná os quatro candidatos apoiados pelo Instituto Brasil de Medicina por terem aderido aos propósitos da Frente Parlamentar da Medicina e às causas defendidas pelas entidades médicas. O professor Oriovisto Guimarães (Podemos) foi o mais votado e ficou com a primeira vaga para o Senado Federal. O médico Luciano Ducci (PSB), que buscava a reeleição, e ainda os deputados estaduais Ney Leprevost (PSD) e Pedro Lupion (DEM), todos postulantes à Câmara Federal, receberam quase 100 mil votos cada um e estarão entre os 30 representantes do Paraná naquela casa legislativa em 2019.

Além de Luciano Ducci, outros 26 médicos concorreram nas eleições deste ano. Tercílio Turini, da região de Londrina e que firmou compromisso com o IBDM em defesa também das causas médicas, foi reeleito para a Assembleia Legislativa do Paraná, juntamente com o Dr. Batista, da região de Maringá. Outros médicos tiveram votações significativas para os legislativos federal e estadual, mas não foram eleitos.

O IBDM foi fundado este ano com o objetivo de dar sustentação à campanha pela Frente Parlamentar de Medicina. É apartidário e se empenhou nas eleições de 2018 apoiando candidaturas de postulantes ao Congresso que aderiram às reivindicações apresentadas a partir do XIII Encontro Nacional das Entidades Médicas – ENEM 2018, realizado no final do mês de maio em Brasília e que marcou a reunificação do movimento médico. O endosso de candidaturas em todo o País não focou exclusivamente em profissionais médicos, mas àqueles com viabilidade e determinação política para dar sustentação à Frente Parlamentar, com expectativa de se eleger pelo menos dois representantes por Estado.

Um dos fundadores do Instituto e representante da Sociedade de Ortopedia, o Dr. Luiz Carlos Sobania exaltou o feito alcançado pelo Paraná, que conseguiu emplacar todos os quatro candidatos que em oportunidades diferentes, neste segundo semestre, estiveram na sede da Associação Médica do Paraná para assinar o termo de compromisso extraído do ENEM 2018, que, entre outros pleitos, defende a moratória na abertura de escolas médicas, a efetiva e periódica fiscalização dos cursos médicos, a revisão das distorções no acesso aos programas de residência médica, a criação da Carreira de Estado dos médicos no serviço público e a emergencial revisão das remunerações da Tabela de Valores de Procedimentos e Honorários Médicos do Sistema Único de Saúde (SUS), preferentemente baseados na CBHPM.

Dr. Sobania, que também é membro nato do CRM-PR, por ter sido seu presidente, destaca que além da representatividade que o Paraná terá no Congresso Nacional, no debate de leis que interferem na atenção à saúde da população, será importante a condução política no âmbito do executivo estadual, considerando que o governador eleito, Ratinho Junior, igualmente recebeu o apoio do grupo formado na Associação Médica do Paraná e Sociedades de Especialidade após celebrar compromisso com a pauta de reivindicações da classe médica. De acordo com o futuro governador, as instituições médicas terão voz ativa na discussão e fixação das políticas públicas de saúde. Para o Dr. Sobania, os médicos paranaenses foram receptivos à mobilização em torno de nomes que poderão formar uma base parlamentar sólida no Congresso.

O Conselho de Medicina do Paraná enaltece o respeito ao processo democrático, que funcionou dentro da normalidade, e aproveita para cumprimentar todos os participantes desta etapa, sejam candidatos eleitos ou não, sejam eleitores que cumpriram a sua missão cidadã de forma ordeira e pacífica.