21/10/2008
Eleições e a Saúde
Conforme o esperado as áreas sociais e principalmente a saúde foram mais uma vez intensamente muito citadas no primeiro turno
das eleições. Certamente continuarão presentes no 2º turno. São temas costumeiramente lembrados por governantes e oposição.
Aliás, figuram sempre entre as promessas eleitorais.
As pesquisas demonstram que a primeira preocupação de grande parte dos brasileiros é a saúde. Tem lógica, afinal, a população
segue padecendo em filas, enquanto as doenças crônicas e agudas se alastram, assim como as urgências e emergências, entre
outras. Isso a despeito de alguns programas pontuais bem estabelecidos, como o de transplantes e o de Aids.
Soluções já foram também muito debatidas:
financiamento adequado à Saúde Pública, gestão adequada e com objetivos
a pequeno, médio e longo prazo, saúde suplementar realista etc.
É vital ainda valorizar pacientes e prestadores, como
os médicos. Precisamos de um plano de cargos e carreira, de piso salarial digno e de condições adequadas de exercício da profissão.
Na lista de nossas prioridades estão também a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, e estímulo
governamental à educação continuada.
É verdade que esses são assuntos recorrentes. Em todas as eleições voltam à baila. Portanto, o desafio é detectar quem
são os candidatos em condições e com vontade política de realmente implantá-los.
Sabemos que precisamos de parlamentares de fato comprometidos com a saúde para junto com eles lutar por melhorias aos
cidadãos. Também devemos estar sempre atentos para cobrá-los em eventuais desvios de rota.
Conscientes e vigilantes estaremos prestando mais um serviço à comunidade: o de zelar pelo bem público e de ajudar na
construção de uma sociedade mais igual, justa e moderna. Feliz eleição.
* Jorge Carlos Machado Curi, presidente da Associação Paulista de Medicina