29/10/2009
Dois cursos de medicina são denunciados ao MEC
Os cursos de medicina da Universidade Nove de Julho (SP), e das Faculdades Integradas Aparício de Carvalho (RO) foram denunciadas
ao Ministério da Educação por problemas de qualidade e estão sob medida cautelar de supervisão. A Fimca teve seu vestibular
suspenso e a UniNove, suas vagas no vestibular reduzidas de 100 para 70.
As duas instituições se juntam a outras sete que já estavam sob medida cautelar desde o início do ano por conta de resultados
ruins nas avaliações de cursos. No total, o MEC suspendeu o vestibular de quatro instituições, somando 520 vagas, e reduziu
170 vagas nos processos seletivos das demais.
De acordo com a secretária de ensino superior do MEC, Maria Paula Dallari, tanto a Fimca quanto a UniNove foram denunciadas
por problemas de infraestrutura no atendimento dos alunos. Ambas tiveram conceito três na avaliação do ministério e por isso
não tinham entrado na supervisão inicial.
No caso da UniNove, a instituição estaria aceitando transferências além do seu número de vagas, o que estaria levando
a um inchaço das turmas, com perda de qualidade.
Já a Fimca divide a estrutura de salas de aula, hospital e centro clínico com outras duas instituições, em Porto Velho
- entre elas, a Universidade Federal de Rondônia. Com isso, não tem condições de atender adequadamente os estudantes.
No total, 17 cursos de medicina estão sob supervisão do MEC. Entre eles, as Federais do Pará, Amazonas e Bahia. No entanto,
oito dessas assinaram protocolos de reformulação que não preveem a necessidade de corte de vagas. Em São Paulo, além da UniNove,
a Universidade Metropolitana de Santos e a Universidade de Marília tiveram cortes em seus vestibulares.
As instituições têm até o final do ano para completar as mudanças em corpo docente, estrutura e projeto pedagógico apontadas
como necessárias pelo MEC e então pedir uma nova visita. Se as alterações não forem satisfatórias, um processo administrativo
de encerramento do curso pode ser aberto.
Fonte: Agência Estado