clique para ampliar (Foto: Divulgação CFM)

Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 18 de dezembro de 2007, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo destacado nesta terça-feira (2) representa um avanço para o tratamento precoce do transtorno ao marcar também uma quebra de estigmas e mitos.

De acordo com o coordenador da Câmara Técnica de Pediatria do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Armando Salvatierra Barroso, a criação de uma data de conscientização auxilia na identificação cada vez mais cedo e, consequentemente, na adoção das melhores ações. “Em um passado não tão distante, a própria família ocultava a pessoa ou não se identificavam os graus leves de autismo porque eram confundidos com outros transtornos”, ressalta o pediatra.

Com 52 anos dedicados à especialidade, o Dr. Armando avalia que parte do que hoje se considera crescimento no número de casos pode ser, na verdade, aumento da conscientização e identificação de características não apenas pelos médicos, mas também por outras pessoas que convivem com a pessoa com o transtorno. “A identificação precoce faz com que a pessoa seja tratada de forma mais inclusiva e isso é o mais importante: a inclusão”, afirma.

O CRM-PR adotou o laço colorido – símbolo da diversidade de graus do transtorno - em seu site e perfis de redes sociais. “Nos países de língua espanhola, a identificação dos graus pelas cores já é algo mais conhecido pela sociedade”, exemplifica Salvatierra.

A ONU define um lema para o 2 de abril de cada ano. Em 2024, o tema definido é "Passando da Sobrevivência para a Prosperidade: Indivíduos autistas compartilham perspectivas regionais".