27/10/2016

Desafios éticos na transfusão de sangue em pacientes Testemunhas de Jeová

Presidente do CRM-PR, Luiz Ernesto Pujol, aborda tema em palestra a médicos no Hospital do Trabalhador

clique para ampliar>clique para ampliarPalestra foi realizada no HT, na noite desta quinta (27). (Foto: Divulgação)

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná, Luiz Ernesto Pujol, proferiu palestra na noite de quinta-feira (27) no Grande Auditório do Hospital do Trabalhador, em Curitiba. O tema em debate foi “Desafios éticos na transfusão de sangue em pacientes Testemunhas de Jeová”. A palestra começou às 20h e durou uma hora e meia, sendo acompanhada por mais de uma centena de pessoas, a maioria médicos e profissionais de saúde, incluindo de outras instituições hospitalares da Capital. Também participaram integrantes locais da Comissão de Ligação com Hospitais (COLIHs), que, ao final, distribuíram aos presentes material informativo sobre a corrente religiosa Testemunhas de Jeová, que assevera não haver conflitos de seus princípios ante a maioria dos tratamentos médicos disponíveis. Não houve debates.

O encontro foi coordenado pelo Dr. Angelo Erzinger Alves, presidente da Comissão de Ética do Hospital, que se constitui na maior unidade hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA) e desde 1998 seu pronto-socorro é referência no atendimento ao trauma. A diretora técnica Dra. Marcia Luíza Krajden fez a abertura do evento e a apresentação do palestrante, que abordou aspectos da legislação e também decisões judiciais, inclusive de condenação a médicos que aceitaram a negativa de realizar a transfusão ante a risco iminente de morte e que se caracterizou com óbito do paciente. Luiz Ernesto Pujol disse que se deve respeitar e atender a autonomia do doente quando não há risco à sua vida e em que é possível prosseguir o atendimento médico com outras opções terapêuticas. Em sua fala, o presidente ressaltou a condição de laicidade do Conselho e seu compromisso a serviço da saúde do ser humano e da coletividade. Citou o Código Penal Brasileiro, que prevê a criminalização, dentre outras situações, de expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa “sob sua autoridade, guarda ou vigilância” para fim de tratamento.

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