Desafios da residência médica foram tema do II Fórum de Ensino Médico do CRM-PR
Evento realizado na manhã do último sábado, 19, contou com diversos representantes da área, como CFM, CNRM, Coremes, preceptores
e residentes médicos
clique para ampliarEvento realizado no sábado, 19, debateu os principais
desafios da residência médica no Brasil (Foto: CRM-PR)
O
Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) realizou na manhã do último sábado, 19, a segunda
edição do Fórum de Ensino Médico do CRM-PR. O tema central do evento foi a residência médica,
cujas mudanças durante a após a atual pandemia pela Covid-19 foram debatidas por profissionais da área
do ensino médico, preceptores e residentes.
Participaram da abertura do evento o presidente da autarquia,
Dr. Roberto Issamu Yosida, o coordenador da Comissão de Ensino Médico do Conselho Federal de Medicina (CFM),
Dr. Júlio Cesar Vieira Braga, e o coordenador da Comissão de Ensino Médico do CRM-PR, Dr. José
Knopfholz.
"O Conselho do Paraná, nesse período de pandemia, não ficou parado; mantivemos
todas as nossas atividades de maneira remota", afirmou o presidente do CRM-PR. "Em meados de abril, colocamos para rodar o
nosso sistema validador de receitas, atestados e solicitações de exame, sendo até o momento mais de 232
mil documentos emitidos dessa forma. No total de documentos emitidos pela web, o Conselho está próximo de 990
mil", ressaltou.
Dando sequência ao evento, o conselheiro federal Dr. Júlio Cesar Vieira Braga apresentou
a palestra sobre a história da residência médica. Formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), na
qual fez residência em Cardiologia, além de mestrado e doutorado, é também professor da Escola
Baiana de Medicina e Saúde Pública e conselheiro do Conselho Regional de Medicina da Bahia, do qual ocupa atualmente
a vice-presidência.
As dúvidas sobre o tema foram mediadas pela conselheira do CRM-PR e presidente
da Comissão Estadual de Residência Médica, além de diretora geral do Hospital Universitário
Regional e professora assistente do curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Dra. Tatiana Menezes
Garcia Cordeiro. “A pandemia fez de fato saltar aos olhos do Brasil o papel da residência médica. Os residentes
médicos foram a grande força de trabalho neste momento dentro dos hospitais”, afirmou a conselheira, ressaltando
a importância do debate no atual momento.
Residência em tempos de Covid-19
A
primeira mesa-redonda do fórum debateu os desafios e soluções da residência médica em tempos
de Covid-19. Com mediação do conselheiro do CRM-PR, Dr. Adonis Nasr, contou com a participação
do conselheiro Carlos Roberto Naufel Junior, gestor Departamento de Fiscalização do Exercício Profissional
CRM-PR e preceptor do Hospital Evangélico de Curitiba pela Faculdade Evangélica Mackenzie; do conselheiro
federal pelo Paraná, Dr. Alcindo Cerci Neto, coordenador da COREME do HU da Universidade Estadual de Londrina.
Também participaram das discussões o Dr. Gilberto Baroni, preceptor da Santa Casa de Misericórdia de
Ponta Grossa, supervisor do programa de residência médica do HU UEPG; a Dra. Izabel Cristina Meister Martins
Coelho, coordenadora do Curso de Medicina das Faculdades Pequeno Príncipe; e os residentes Drs. Eduardo de Souza Tolentino,
R1 da Cirurgia Geral do HU UEL e João Victor Caparroz Assef, R2 de Clínica Médica HUC Makenzie.
Ensino em serviço
Moderando a terceira e última parte do evento, o Dr. Maurício
Marcondes Ribas, conselheiro corregedor do CRM-PR, apresentou a palestrante Dra. Viviane Cristina Uliana Peterle, secretária
executiva da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Reumatologista, é também docente
da Escola Superior de Ciências da Saúde e diretora de Assuntos Acadêmicos do Sindicato dos Médicos
do DF.
Na apresentação, a representante da CNRM trouxe reflexões sobre como fazer da residência
médica um campo de ensino em serviço. Encerrando o evento, o coordenador da Comissão de Ensino Médico
do CRM-PR, conselheiro Dr. José Knopfholz, destacou a relevância do debate sobre a residência médica,
em especial sob a visão da residência como uma modalidade de pós-graduação em serviço.
"Nós temos de nos preocupar com o ensino, pois são pessoas que estão interessadas em que
o aprendizado seja parte de seu dia a dia, e também são pessoas em serviço", afirmou. O conselheiro também
frisou o potencial da residência em modificar o modelo de saúde de uma determinada comunidade, prestando também
um serviço a toda a sociedade.