13/02/2020
Em nota, SBN alerta pais e educadores sobre necessidade de reforçar atenção com crianças e adolescentes
Vídeos de uma perigosa brincadeira em que adolescentes dão uma rasteira em colegas têm circulado nas redes sociais e preocupado pais, educadores e médicos. No desafio, dois jovens se posicionam ao lado de um colega, que é orientado a pular e, então, recebe o golpe. A pessoa acaba caindo e batendo a cabeça no chão. Especialistas afirmam que a queda pode causar danos no crânio, no cérebro e na coluna.
A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia divulgou um comunicado em suas redes sociais alertando sobre os riscos dessa "brincadeira" de muito mau-gosto. "Esta queda pode provocar lesões irreversíveis ao crânio e encéfalo (Traumatismo Cranioencefálico - TCE), além de danos à coluna vertebral. Como resultado, a vítima pode ter seu desempenho cognitivo afetado, fraturar diversas vértebras, ter prejuízo aos movimentos do corpo e, em casos mais graves, ir a óbito", diz.
A SBN ressalta ainda que o caso pode ser enquadrado como um crime. "O que parece ser uma brincadeira inofensiva, é gravíssimo e pode terminar em óbito. Os responsáveis pela “brincadeira” de mau gosto podem responder penalmente por lesão corporal grave e até mesmo homicídio culposo", completa a nota.
COMUNICADO DE UTILIDADE PÚBLICA
Prezados (as) senhores (as),
A Sociedade
Brasileira de Neurocirurgia (SBN) vem, por meio deste, alertar aos pais e educadores sobre a necessidade de reforçar
a atenção com crianças e adolescentes, diante do desafio “quebra-crânio”, que se alastra
pelo ambiente doméstico, escolar e é reproduzido nas redes sociais.
Ele provoca uma queda brutal, onde um dos participantes bate a cabeça diretamente no chão, antes que possa
estender os braços para se defender.
Esta queda pode provocar lesões irreversíveis ao crânio
e encéfalo (Traumatismo Cranioencefálico - TCE), além de danos à coluna vertebral. Como resultado,
a vítima pode ter seu desempenho cognitivo afetado, fraturar diversas vértebras, ter prejuízo aos movimentos
do corpo e, em casos mais graves, ir a óbito.
O que parece ser uma brincadeira inofensiva, é gravíssimo e pode terminar em óbito. Os responsáveis pela “brincadeira” de mau gosto podem responder penalmente por lesão corporal grave e até mesmo homicídio culposo. Deste modo, como sociedade, pais, filhos e amigos, devem agir para interromper o movimento e prevenir a ocorrência de novas vítimas.
Acompanhar e informar/educar sobre a gravidade dos fatos, pode ser a primeira linha de ação.
Diretoria executiva
Sociedade Brasileira de Neurocirurgia