Saúde
Não haverá vacinas contra gripe A para todos: ações de prevenção devem continuar
A segunda onda do vírus A(H1N1), que já está atingindo os países do Hemisfério Norte, é uma das maiores preocupações de
médicos e gestores da saúde em 2010. Segundo o infectologista e epidemiologista Moacir Pires Ramos, os casos devem aumentar
significativamente neste ano. "O vírus está circulando muito mais por todo o mundo. Uma boa parcela da população aproveita
a época das férias para viajar para o exterior e, por isso, acredito que em fevereiro teremos muitos casos importados da gripe",
explica. Para Pires, é importante focar nas ações de prevenção, já que a produção de vacinas está mais lenta do que o esperado.
Segundo o secretário de Estado da Saúde do Paraná, Gilberto Martin, as primeiras doses da vacina devem chegar em janeiro.
Apesar da gravidade do problema, ele acredita que os instrumentos que já existem para enfrentar a gripe - medicamentos e vacina
- serão capazes de proteger a população. "Vamos receber agora 83 mil doses, destinadas aos grupos de risco, como profissionais
de saúde, crianças, gestantes, jovens e idosos com comorbidades", conta.
Em Curitiba, o secretário municipal de Saúde e vice-prefeito, Luciano Ducci, também afirma que a cidade está preparada
para a nova onda da influenza e crê que a experiência adquirida durante o ano passado ajudará a enfrentar a doença em 2010.
A proliferação da dengue também é motivo de alerta para os especialistas. Segundo Pires, as altas temperaturas registradas
nos últimos meses e as chuvas são sinais de que o número de casos pode aumentar no país e no estado. "Não existe vacina e
nem tratamento eficaz para essa doença. Se a população não colaborar, eliminando os focos do mosquito, podemos nos preparar
para o pior", avisa.
Projetos
A conclusão das obras do Hospital do Idoso é um dos principais projetos da Secretaria de Saúde de Curitiba para 2010.
A expectativa é que o hospital, criado para se tornar referência, comece a funcionar no fim do ano. "Também estamos prevendo
a construção do novo Laboratório Municipal e três novas unidades de saúde nos bairros Jardim Aliança, Coqueiros e Campo Alegre",
conta Ducci.
No Paraná, os planos da Secretaria de Estado da Saúde envolvem a instalação de dois novos hospitais gerenciados pelo estado
em Francisco Beltrão e Ponta Grossa, e a criação de mais 300 Centros de Saúde da Mulher e da Criança.
Estar mais preparado para enfrentar catástrofes como as enchentes que atingiram as cidades paranaenses também é uma das
prioridades das secretarias. Enquanto que em Curitiba será criado o Centro Municipal de Urgências Médicas da Matriz, uma das
metas do estado é reorganizar a Rede Estadual de Emergências e Urgências.
Fonte:
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