14/05/2008
Curso de Medicina é aberto em áreas de escassez de profissionais
O secretário da Gestão da Educação e do Trabalho na Saúde do Ministério da Saúde, Francisco Eduardo de Campos, disse, nesta
quinta-feira (08/05), que a parceria com o Ministério da Educação para suprir a escassez de médicos em algumas regiões do
país já está surtindo efeito. Ele informou que, recentemente, quatro estados (RR, AC, MS e RO) passaram a contar com escolas
médicas, enquanto as universidades federais de São Carlos (SP), Ouro Preto (MG) e São João Del Rey (MG) incorporaram a Medicina
aos cursos de formação.
"Cabe ao Ministério da Educação trabalhar para garantir a qualidade na formação dos médicos. Já o Ministério da Saúde
trabalha ademais para suprir a escassez desses profissionais em algumas regiões do país. No Brasil, existem mil municípios
que não contam um médico sequer", disse o secretário, que, no último dia 5, representou o ministro José Gomes Temporão na
solenidade em que foram anunciados os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2007. Participaram
do evento o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o ex-ministro da Saúde Adib Jatene.
O Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Gestão da Educação e do Trabalho na Saúde (SGTES), vem trabalhando,
nos últimos três anos, em estreita cooperação com o Ministério da Educação para adequar a formação dos profissionais de saúde
às necessidades prioritárias do SUS, que deve ter como porta de entrada uma fortalecida atenção básica. Nesse sentido, gera
e coordena, através do PRO-SAÙDE, projetos que encorajam mudanças curriculares na graduação, apoiando financeiramente 40 escolas
médicas, além da reestruturação das residências médicas e multiprofissionais e o fortalecimento do Telessaúde e de outras
iniciativas.
Durante a divulgação dos resultados do Enade, o secretário Francisco Campos reiterou a preocupação do Ministério da Saúde,
bem como dos demais gestores do SUS, de que nestes processos avaliativos a dimensão excelência técnica deva ser aliada à relevância
social.
"O problema hoje no Brasil não é caracterizado pelo excesso de médicos, mas sim pela distribuição inadequada, razão pela
qual os gestores vêm encontrando dificuldades para a contratação desses profissionais, especialmente para integrar as equipes
de saúde da família em regiões mais remotas desse país. Assim, o Ministério da Saúde enfatiza a necessidade de uma política
que coíba escolas de má qualidade enquanto incentiva aquelas de boa qualidade, inclusive objetivando a abertura de novas escolas
em regiões carentes, sempre sujeita à análise do Conselho Nacional de Saúde", afirmou o secretário.
Segundo ele, a abertura de escolas médicas em regiões carentes não obrigatoriamente determina a fixação dos profissionais
nelas formados. No entanto, explicou, a presença desses estabelecimentos reforça a estrutura assistencial local e pode, assim,
motivar esses profissionais a por lá permanecerem. Neste sentido, os ministérios, conjuntamente, apóiam a implantação e fortalecimento
de novos cursos médicos no Norte e Centro Oeste do Brasil, bem como em Universidade Federais da região sudeste que não os
possuíam.
Fonte: Ministério da Saúde