10/02/2008
Crescimento da obesidade já atinge cerca de 24% dos homens e 27% das mulheres no mundo
A prática regular de atividades físicas, desde que com orientação especializada, traz diversos benefícios à saúde, que vão
desde combater o excesso de peso e o acúmulo de gordura até o melhoramento do sistema imunológico, aumentando a qualidade
e a expectativa de vida das pessoas, além de melhorar o visual e a postura, aumentar a produtividade no trabalho, combater
o estresse e a indisposição e melhorar a auto-estima.
Os exercícios também previnem e reduzem diversas doenças, como cardiopatias, estresse, osteoporose, hipertensão arterial,
deficiências respiratórias, problemas circulatórios, diabetes e as taxas de colesterol. Muitas dessas doenças são desencadeadas
ou agravadas pela obesidade, que atinge cerca de 24% dos homens e 27% das mulheres em todo o mundo.
Os dados são de um estudo de pesquisadores do Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale (Inserm), divulgados
em outubro de 2007 no site da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). O mesmo estudo,
que entrevistou 168.159 pessoas, sendo 69.409 homens e 98.750 mulheres, entre 18 e 80 anos, de 63 países dos cinco continentes,
revela também que cerca de 40% dos homens e 30% das mulheres estão acima do peso.
Uma pesquisa nacional sobre obesidade, da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica), revela que
o número de pessoas acima do peso cresce constantemente. Hoje, 51% dos brasileiros têm sobrepeso, 14% são obesos e 3% são
obesos mórbidos. A obesidade mórbida é um aumento de peso maior que o normal, quando o IMC (Índice de Massa Corporal) é de
40 ou mais. O dado mais alarmante da pesquisa mostrou que em 20 anos o percentual de obesos mórbidos saltou de 0,6% para 3%,
o que representa um crescimento de 400%. O resultado da pesquisa foi divulgado no site da Abeso em janeiro deste ano.
Estudos comprovam que os obesos percorrem diferentes caminhos até a obesidade. Nem todos adoecem da mesma maneira e os
mecanismos regulatórios são bem diversos. No futuro, seguramente o tratamento não poderá ser igual para todos. Não é possível
tratar todos os obesos com a mesma alimentação, com o mesmo medicamento ou com a mesma técnica.
De acordo com a endocrinologista Grasiele L. Martins, o primeiro passo para o paciente realizar o tratamento é passar
por uma avaliação médica. "Além de combater a obesidade, precisamos saber das condições de saúde e físicas de cada paciente
de acordo com a faixa etária, solicitando exames complementares quando necessário. Depois, juntamente com o paciente, traçamos
os objetivos a serem alcançados durante o tratamento, como a redução de peso, a definição corporal e melhor controle de doenças
crônicas, como por exemplo, o diabetes, a pressão arterial e a cardiopatia", explica a especialista.
Fonte: Bem Paraná