A 48ª Sessão Plenária Temática do Conselho Regional de Medicina do Paraná foi realizado na noite de quarta-feira (19) em sua sede, em Curitiba, tendo como tema em destaque “Coronavírus”. A atividade contou com a presença da Coordenadora de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Estadual da Saúde do Paraná, Dra. Acácia Maria Lourenço Francisco Nasr, e do diretor da Pasta, Dr. Cesar Augusto Neves Luiz, que falaram sobre a doença e as muitas ações preventivas implementadas no Paraná, bem como destacaram a preocupação com sarampo e dengue, que colocam todas as regiões em estado de alerta pelo aumento de casos.

Os representantes da Secretaria Estadual de Saúde foram recebidos pelo presidente e vice do CRM-PR, Roberto Issamu Yosida e Wilmar Mendonça Guimarães, e ainda por diretores e outros conselheiros. Houve transmissão ainda pela web para acompanhamento dos demais conselheiros. O presidente do Conselho ressaltou a importância de as autoridades públicas sanitárias exibirem total transparência nas ações, inclusive de monitoramento, trazendo assim orientação e tranquilidade à população. Também destacou que os médicos devem estar atentos para possíveis casos suspeitos da doença infecciosa.

A coordenadora de epidemiologia da Sesa falou sobre o plano de contingência em todo o Estado, envolvendo desde fluxogramas para os profissionais de saúde, as parcerias com Anvisa e Defesa Civil e os protocolos no manejo clínico. A Dra. Acácia já tinha participado de audiência pública na Assembleia Legislativa na quinta-feira da semana passada (13), quando foram apresentadas as iniciativas de prevenção ao novo coronavírus. O diretor Cesar Luiz falou sobre as doenças que hoje colocam em alerta a população do Estado. Chamou a atenção para o alto índice de infectados pela dengue, inclusive com mais de duas dezenas de mortes, e da importância de as pessoas serem vacinadas contra o sarampo, em campanha que se estende até março. De acordo com ele, ainda é baixa a adesão na faixa etária prioritária, de 20 a 29 anos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou para 74.280 o número de casos confirmados em laboratórios ou clinicamente diagnosticados de infecção por coronavírus na China. O número de mortes decorrentes do vírus registradas no país subiu em 136, de 1.870 para 2.006. Globalmente, a quantidade de casos subiu para 75.204 nas últimas 24 horas, devido à contabilização de 1.872 novas infecções. Fora da China, são 924 casos confirmados (120 novos) em 25 países, com três mortes no total. A classificação de risco da OMS permanece como "muito alta" para o país asiático e "alta" para o restante do mundo. No Brasil, ainda existem por enquanto apenas dois casos suspeitos, nenhum no Paraná. Há um grupo de brasileiros em quarentena em Anápolis (GO), depois de trazido da China.

Coronavírus é uma família de vírus que causa infecções respiratórias. O novo agente do Coronavírus (nCoV-2019) foi descoberto em dezembro de 2019 após casos registrados na China, inclusive vitimando o médico que fez o alerta inicial. As investigações sobre a transmissão ainda estão em andamento, mas a disseminação da doença se dá por contato próximo de pessoa por pessoa. Ainda não está claro com que facilidade o Coronavírus se espalha de pessoa para pessoa, mas a transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Os sinais e sintomas clínicos são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado, podendo causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. Os principais sintomas são: febre, tosse e dificuldade para respirar.Cuidados básicos como lavar frequentemente as mãos e cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir ajudam. Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença e evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações também ajudam na prevenção.

Ainda não existe tratamento específico para infecções causadas por Coronavírus humano, mas estudos já estão sendo realizados em diversos países para se chegar a uma alternativa de imunização. Por enquanto, a melhor forma de se proteger é adotar aqueles velhos hábitos de higiene e prevenção contra doenças respiratórias.

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