Contribuições serão recebidas até dia 16 de julho; população pode opinar também sobre incorporação do aflibercepte para o
tratamento de edema macular diabético
Está aberta até o dia 16 de julho a consulta pública sobre a incorporação de uma nova forma de apresentação dos medicamentos
para tratamento de tuberculose em crianças de até 10 anos. Atualmente, o tratamento da tuberculose é oferecido exclusivamente
pelo SUS e inclui a combinação de medicamentos. Estes são ofertados em doses que envolvem mais de um comprimido, como no caso
do tratamento infantil na fase intensiva da doença, em que é necessária a administração da rifampicina, isoniazida e pirazinamida
simultaneamente, com diferentes apresentações.
A CONITEC avaliou a inclusão de uma dose fixa combinada, dissolúvel
em água, desses três fármacos (rifampicina 75 mg + isoniazida 50 mg + pirazinamida 150 mg). Nos estudos avaliados pela Comissão,
não foram observadas diferenças significativas entre os efeitos do tratamento já ofertado, com doses combinadas, e da dose
fixa. Apesar disso, a o plenário da CONITEC recomendou, inicialmente, a incorporação dessa apresentação, por considerar ser
mais aceitável para crianças e, assim, aumentar a adesão ao tratamento e, também, as chances de cura. Leia
aqui o relatório técnico.
Transmissão e grupos de risco
A tuberculose é uma doença transmissível, causada por bactérias e afeta, principalmente, os pulmões. Os sintomas característicos
são tosse persistente por três semanas ou mais, febre nos períodos da tarde, suor noturno e emagrecimento sem causa aparente.
O contágio da tuberculose acontece pelo ar: pela tosse, pelo espirro e até mesmo pela fala de quem está infectado.
É uma doença que pode atingir qualquer pessoa; mas, por ser transmissível pelo ar, é mais comum em grupos que vivem em ambientes
fechados, como presidiários. Além deles, os grupos de risco incluem crianças e adolescentes, homens, moradores de rua e pacientes
HIV positivos.
O risco para as crianças
A tuberculose ainda é uma das principais causas
de morte em crianças no mundo. E oferece maior risco para crianças até de 10 anos de idade, quando o diagnóstico é mais difícil
de ser feito – que envolve exame clínico, histórico de doenças do paciente e exames que depende de coleta da secreção de muco
do paciente e radiografia de tórax, por exemplo.
Tratamento para Edema Macular Diabético
Até
o dia 18 de julho, a população pode participar também da Consulta Pública sobre a incorporação do aflibercepte para o tratamento
de edema macular diabético (EDM). O tema esteve em pauta na última reunião da CONITEC, em que se discutiu se este medicamento
pode ser incluído no SUS como alternativa para impedir a evolução da doença. O aflibercepte é aplicado por meio de uma injeção
intraocular, para bloquear a proliferação dos vasos sanguíneos da retina, que levam ao agravamento da EDM.
Os estudos
analisados pela Comissão mostraram que há benefícios no uso desta alternativa. Mas é importante destacar que as análises do
Plenário consideram, além das evidências em relação aos benefícios e à segurança para os pacientes, os impactos orçamentários
que a incorporação de uma tecnologia em saúde pode trazer para o SUS. No caso desse medicamento, o preço proposto pela indústria
acarretaria em um elevado custo ao sistema. E, por este motivo, a recomendação inicial da Comissão foi desfavorável à incorporação.
Leia
aqui o relatório.
Edema Macular Diabético
O edema macular diabético (EDM) é uma das complicações do diabetes. O principal fator de risco
para seu desenvolvimento é o descontrole dos níveis de glicemia no sangue e a duração da doença. As estatísticas reunidas
no relatório para análise da tecnologia mostram que a EDM é mais comum em pacientes diagnosticados com diabetes há mais de
10 anos.
A principal causa do edema são as alterações estruturais nos vasos da retina causadas pela elevação dos
níveis de açúcar no sangue. Esse processo pode danificar os vasos sanguíneos e aumentar o extravasamento de fluidos na retina.
Assim, substâncias como líquidos, proteínas e outras moléculas passam de dentro dos vasos sanguíneos e se acumulam próximos
da retina e da mácula, formando o EDM.
Em estágios iniciais da doença, os pacientes geralmente não apresentam sinais
ou sintomas. Com o passar do tempo, a visão pode ficar borrada e distorcida e, se não diagnosticada e tratada corretamente,
pode evoluir para cegueira irreversível. Por isso, pessoas com diabetes precisam ter cuidado redobrado com a saúde ocular,
e procurar um especialista periodicamente ou caso apresentem qualquer alteração da visão.
Consultas Públicas
As sugestões encaminhadas durante a consulta pública podem confirmar ou modificar essa primeira recomendação da CONITEC.
Evidências científicas e informações técnicas, relatos de experiências sobre o uso dessas tecnologias para esses ou outros
casos da doença podem contribuir para a análise da Comissão. Participe! Para participar basta preencher os formulários eletrônicos
disponíveis no site, no
link
Consultas Públicas.