Com a participação das Comissões de Honorários Médicos de diversos Estados, a Comissão Nacional de Consolidação e Defesa da
CBHPM discutiu em detalhes um elenco de estratégias relativas aos quatro segmentos da saúde suplementar: medicina de grupo,
seguradoras, cooperativas e autogestão (abaixo).
O encontro foi no último dia 15 (15/09/06), em Manaus (AM), paralelo a outras reuniões das entidades médicas nacionais.
As lideranças da classe definiram, ainda, ações para revigorar o movimento médico nacional.
De acordo com o coordenador da Comissão Nacional, Florisval Meinão, é fundamental a mobilização das Comissões Estaduais
de Honorários no sentido de estabelecer as negociações com as singulares da Unimed, as superintendências da Unidas e as operadoras
de medicina de grupo que praticam remuneração aviltante.
Em sua análise, nos Estados onde as Comissões são mais organizadas e atuantes, estão os maiores avanços no que diz respeito
à CBHPM. "As Comissões que se empenharem no desenvolvimento deste conjunto de estratégias obterão resultados significativos",
aposta Meinão.
A próxima reunião entre a Comissão Nacional de Consolidação e Defesa da CBHPM e as Comissões Estaduais de Honorários Médicos
está agendada para o dia 23 de novembro (quinta-feira), em João Pessoa (PB).
Saiba mais sobre a CBHPM.
Propostas aprovadas
Abramge:
1. A Fenam e os Sindicatos dos Médicos nos Estados irão fiscalizar as relações de trabalho dos médicos contratados pelas
empresas de medicina de grupo em regime CLT ou outros, denunciando a precarização do vínculo ao Ministério Público, à Delegacia
Regional do Trabalho e à imprensa;
2. Os Conselhos Regionais de Medicina irão verificar as condições de trabalho e eventuais imposições à atuação dos médicos
com referência ao número de consultas e exames complementares, entre outros, inclusive questionando os médicos diretores técnicos
de cada plano, que são responsáveis por qualquer dano aos pacientes;
3. Os Conselhos Regionais de Medicina também passarão a convidar os médicos que atendem usuários da Abramge por preços
aviltantes para demonstrar os riscos deste modelo de atendimento;
4. As Comissões Nacional e Estaduais irão utilizar peças publicitárias já disponíveis para divulgar o movimento médico
e informar os usuários quanto aos riscos e limitações que estas operadoras estabelecem na atenção à saúde;
5. A Comissão Nacional procurará os dirigentes da Abramge para discutir a adoção da CBHPM pelas operadoras que já praticam
valores próximos. Em relação àquelas que remuneram o médico de forma aviltante, o objetivo é dar início às negociações sobre
reajuste dos honorários, em um primeiro momento;
6. Em caso de impasse, as Comissões Estaduais deverão discutir a suspensão do atendimento a determinadas operadoras, estabelecendo
as estratégias pertinentes.
Fenaseg:
1. Propor oficialmente à Fenaseg a implantação da codificação da CBHPM como medida para assegurar a consolidação da Classificação;
2. Aceitar e incentivar a participação das seguradoras nas Câmaras Técnicas (CBHPM, Contratualização, Diretrizes, Materiais
e Medicamentos, Implantes e Avaliação de Tecnologias);
3. Viabilizar uma comparação técnica entre as tabelas das seguradoras e a CBHPM para subsidiar as discussões sobre a hierarquização
e as diferenças de valores;
4. Prosseguir as negociações sobre índice e periodicidade de reajuste, sem comprometer a hierarquização da CBHPM.
Unimed:
1. As Comissões Estaduais deverão empenhar-se em ações junto às singulares da Unimed para implantar a CBHPM;
2. A Comissão Nacional irá convidar os dirigentes das singulares que já implantaram a CBHPM para apresentarem os resultados
e as eventuais dificuldades.
Unidas:
1. As Comissões Estaduais deverão empenhar-se nas negociações com as superintendências estaduais da Unidas para implantar
a 4ª edição da CBHPM, aprovada tecnicamente pela direção nacional do grupo Unidas há cinco meses;
2. Fortalecer o trabalho das Câmaras Técnicas no sentido de otimizar custos, conforme reivindicação da Unidas.
Estratégias nacionais para revigorar o movimento:
1. Campanha publicitária nos Estados utilizando as peças publicitárias das entidades, fazendo as devidas adaptações;
2. Repasse das informações de forma detalhada e constante à Comissão Nacional, conforme modelo indicado, para efetiva
troca de experiências entre as entidades;
3. Ampla divulgação, em cada Estado, de um ranking das operadoras, a exemplo da Comissão de Honorários Médicos do Pará,
expondo os critérios utilizados, mediante orientações jurídicas;
4. Manter as negociações já iniciadas com as seguradoras visando a implantação dos códigos da CBHPM;
5. Apoiar a participação da Unimed, Unidas e agora da Fenaseg nas Câmaras Técnicas;
6. Reuniões regionais com a participação de um representante da Comissão Nacional;
7. Definir a data para o reajuste anual da CBHPM;
8. Projeto de Lei nos Estados para a implantação da CBHPM, a exemplo do PL 3466, de 2004.
Fonte: AMB