16/09/2011
Conselhos de Medicina pedem regulamentação da EC 29
Para as entidades, a medida deve vir acompanhada de ações que reforcem os mecanismos de controle e de fiscalização dos
recursos para a saúde
Os Conselhos de Medicina de todo o país ressaltaram no dia 16 de setembro, por meio de nota, seu apoio à aprovação do
projeto que regulamenta a Emenda Constitucional 29, previsto para entrar em votação ainda em setembro, depois de quase uma
década de tramitação no Congresso Nacional.
No entanto, as entidades médicas chamam a atenção para que a medida seja acompanhada de ações que reforcem os mecanismos
de controle e de fiscalização, para evitar desperdícios e assegurar o uso dos recursos em projetos que contribuam para a melhora
da assistência.
A solicitação de mais investimentos na Saúde é uma bandeira histórica dos Conselhos de Medicina. Neste momento, para as
entidades, a aprovação da regra "será fundamental para dar prioridade à saúde no país, assegurando a extensão das anunciadas
conquistas na área econômica ao terreno das políticas sociais, dentre as quais o SUS ocupa espaço de destaque".
Confira a íntegra da nota:
NOTA EM DEFESA DA REGULAMENTAÇÃO DA EC 29
Os médicos brasileiros, preocupados com o futuro da assistência oferecida à população por meio do Sistema Único de Saúde
(SUS), vêm a público - por meio do Conselho Federal de Medicina (CFM) e dos 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) - reforçar
seu apoio à votação imediata do projeto de regulamentação da Emenda Constitucional 29, atualmente em tramitação no Congresso
Nacional.
O aporte de recursos garantidos pela implementação dessa medida será fundamental para dar prioridade à saúde no país,
assegurando a extensão das anunciadas conquistas na área econômica ao terreno das políticas sociais, dentre as quais o SUS
ocupa espaço de destaque.
No entanto, os médicos defendem que o contingenciamento dos orçamentos públicos para investir em saúde - o que está previsto
no texto em discussão - seja acompanhado de medidas que garantam o controle efetivo dos gastos, o que pode evitar desperdícios
e desvios e assegurar novos avanços para a assistência na rede pública.
Neste sentido, esperamos que a aprovação da regulamentação da EC 29 permita, entre outros pontos, a criação de uma carreira
de Estado no SUS para médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas, o que pode, efetivamente, contribuir para a fixação dos
profissionais em áreas de difícil provimento.
Fonte: CFM