04/02/2014

Conselhos de Medicina pedem apuração de denúncias de agressão aos direitos humanos e trabalhistas

"O respeito à dignidade da pessoa humana é um princípio do Estado Democrático de Direito, o qual deve ser observado para permitir o exercício pleno da cidadania em todos os seus aspectos."

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) divulgaram nota à sociedade nesta quarta-feira (5), por meio da qual pedem às autoridades nacionais e internacionais que apurem com rigor as denúncias feitas pela intercambista cubana Ramona Matos Rodriguez, contratada pelo Ministério da Saúde. Em nota, os Conselhos de Medicina conclamam a sociedade para que sejam contra qualquer agressão aos direitos humanos, individuais e do trabalhador e ressaltam, ainda, a necessidade de se respeitar os princípios do Estado Democrático de Direito.

O documento à sociedade foi elaborado durante plenária do CFM realizada em Brasília nesta quarta-feira, 5, com participação de representantes de todos os Estados e do Distrito Federal. Representado pelo presidente em exercício, Luiz Ernesto Pujol, o Paraná ajudou na elaboração da nota dirigida à população e também de carta específica a ser dirigida a todos os médicos inscritos nos Conselhos.

Confira abaixo a íntegra da Nota do CFM:


NOTA À SOCIEDADE

Em relação à situação da cubana Ramona Matos Rodriguez, intercambista de Programa do Ministério da Saúde, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) conclamam as autoridades brasileiras, universidades, imprensa e todos os movimentos da sociedade civil organizada a se posicionarem contra qualquer agressão aos direitos humanos, individuais e do trabalhador.

Os Conselhos de Medicina solicitam que as denúncias feitas por esta intercambista sejam apuradas com rigor pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Supremo Tribunal Federal (STF). O CFM e os CRMs lembram ainda que Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), ambas já acionadas pelas entidades médicas, também devem ser chamadas a se manifestar contra situações de abuso aos direitos humanos, assegurando direitos e responsabilidades legais em termos de emprego e condições de trabalho.

Finalmente, o CFM e os CRMs ressaltam que o respeito à dignidade da pessoa humana é um princípio do Estado Democrático de Direito, o qual deve ser observado para permitir o exercício pleno da cidadania em todos os seus aspectos.

Brasília, 5 de fevereiro de 2014.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM)
CONSELHOS REGIONAIS DE MEDICINA (CRMs)

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