O Brasil tem urgência de ser bem tratado, especialmente no campo da saúde. No contexto de ausência de políticas públicas que
valorizem o setor e de falta de recursos para garantir o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) em sua plenitude, os
médicos cobram melhorias nas redes de assistência e em suas condições de trabalho. Estes são os focos da
campanha lançada pela rede de Conselhos de Medicina no mês de junho.
"Em nossa avaliação, a saúde está longe de receber a atenção que merece e precisa por parte dos gestores públicos. Queremos
chamar atenção para os problemas que afetam a assistência e estimular a união de forças dos vários segmentos com vistas a
tentar solucionar o quadro de caos", explica o 1º secretário do CFM, Desiré Carlos Callegari, diretor de Comunicação da entidade.
O apelo à sociedade aparece em distintas peças, como cartazes, banners de internet, spot de rádio e filme para televisão.
No vídeo, pacientes e médicos mostram estar do mesmo lado na batalha diária por um atendimento de qualidade. Na primeira parte,
atores reproduzem depoimentos colhidos junto a usuários reais do SUS; na conclusão, uma atriz - representando a classe médica
- afirma que a categoria também não está satisfeita com a situação e espera por mudanças.
Na visão do presidente do CFM, Roberto Luiz d'Avila, esta campanha sintetiza o compromisso do médico com a qualificação
da assistência: "Somos testemunhas cotidianas das dificuldades enfrentadas por pacientes e seus familiares em hospitais e
consultórios. Ante este quadro de desigualdade, os médicos não podem ficar em silêncio. O cidadão precisa receber o que tem
por direito: acesso a assistência com qualidade, de forma universal, integral e justa".
A campanha é a primeira ação de um novo planejamento de comunicação desenvolvido pela entidade, que pretende estreitar
sua interface com a sociedade e com os médicos com o uso de recursos publicitários. "Como temos feito com a ajuda da imprensa,
vamos mostrar o comprometimento dos Conselhos com o país e com a defesa de uma sociedade mais ética e justa", ressalta d'Avila.
Fonte: CFM