O presidente do CRM-PR, Roberto Yosida, e o conselheiro-gestor do Departamento de Fiscalização do Exercício Profissional (Defep), Carlos Roberto Naufel Junior, estiveram em visita à sede em Curitiba do Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR) na tarde de segunda-feira (12). Foi a 12ª reunião da Comissão de Comunicação Institucional do CRM-PR e teve como objetivo a aproximação dos conselhos no interesse da condução de pautas comuns, como em iniciativas educativas, de fiscalização e em ações voltadas à promoção da saúde, bem-estar e segurança aos profissionais nos ambientes de trabalho, além de melhorar as condições assistenciais à população. A PEC 108/2019, que propõe a mudança da natureza jurídica dos Conselhos, também mereceu análise.

clique para ampliarReunião na Sede do Coren-PR, em Curitiba. (Foto: CRM-PR)

Os representantes do CRM-PR foram recebidos pela presidente do Coren-PR, Simone Peruzzo; secretária Vera Rita da Maia; diretor executivo Maurício do Nascimento Bernardo; e assessora de imprensa Quitéria Neves Brevilheri; e ainda pela presidente da ABEN-PR, Denise Kletemberg. Dentro da proposta da atual gestão de estreitar o diálogo com as demais categorias e também organismos públicos, o CRM-PR já tinha realizado encontros, dentre outros, com Secretarias de Saúde, Justiça e de Segurança Pública, OAB-PR e Conselhos de Odontologia, Farmácia e Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

Na recepção aos representantes da área médica, a presidente do Coren-PR falou sobre características de composição do corpo conselhal e do quadro diretor para mandato de três anos. Mestre em enfermagem e atualmente lotada no Departamento de Enfermagem da UFPR, Simone Peruzzo iniciou no ano passado o segundo mandato frente ao Conselho, em gestão que termina em 2020. De acordo com ela, o total de registros no Paraná hoje chega a 102.699, entre enfermeiros, técnicos em enfermagem e auxiliares de enfermagem. O maior número de registros é de técnicos (mais de 52 mil), seguido de enfermeiros (27,5 mil) e auxiliares (22,3 mil). As estatísticas não são absolutas em termos de profissionais, já que há muitos casos de mais de um registro.

As escolas de graduação em enfermagem no Paraná chegam a 41, sendo uma federal, uma municipal, sete estaduais e mais 32 privadas. A preocupação com a formação de profissionais, a exemplo do que ocorre na área médica, é grande na enfermagem, sobretudo com os riscos na expansão de ensino a distância e a precariedade de muitos centros formadores na área técnica. Como explicou a presidente do Coren, além da sede em Curitiba o órgão mantém subsedes em Londrina, Maringá e Cascavel. Em sua avaliação, os procedimentos éticos têm tido trâmite ágil, assim como tem sido importante termo de cooperação celebrado com a SESA no campo das fiscalizações.

Os representantes do Coren destacaram ações de capacitação que vêm sendo desenvolvidas, como as Oficinas de Incontinências organizadas em conjunto com Aben e o Projeto Fluir, que são itinerantes e envolvem um problema de elevada prevalência, mas pouco abordado no ensino da área. Assim, avaliaram de forma muito positiva a aproximação com o CRM-PR, que há vários anos desenvolve com exitoso programa de educação médica. Como explicou o presidente Roberto Yosida, são 715 eventos e mais de 70 mil participantes, com impacto na redução das denúncias éticas e visão mais clara das funções da autarquia, inclusive entre os estudantes.

Além das áreas educativas e de atualização de conhecimento, também ações conjuntas de fiscalização poderão ser avaliadas no futuro, como sugerido pelo Coren. O conselheiro-gestor do Defep, Carlos Roberto Naufel Junior, destacou que o Paraná responde por aproximadamente 20% de todo o volume de fiscalizações realizados pelos Conselhos de Medicina no país, demonstrando a prioridade na avaliação das condições segura para a prática médica e qualidade na atenção à saúde da população.