16/09/2015
Movimento deflagrado em 4 de setembro objetiva melhores condições de trabalho
Em reunião realizada na manhã de terça-feira (15) com médicos peritos do INSS da gerência de Curitiba, o Conselho Regional de Medicina do Paraná manifestou solidariedade ao movimento por melhores condições de trabalho e às demandas dos previdenciários e que, por falta de abertura de negociações por parte do governo federal, resultou na deflagração de greve a partir do dia 4 de setembro em todo o País. Os demais servidores do Instituto já estavam em greve desde 7 de julho. As demais unidades regionais no Paraná – Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Oeste – também estão em greve e mantendo parcialmente a agenda de perícias.
“O CRM-PR reconhece como fundamentada a greve dos médicos peritos do INSS, no entendimento de que nesse período está sendo mantido o mínimo legal do contingente de trabalho para garantia de prestação de serviços essenciais à comunidade”, afirmou o presidente do CRM-PR, Luiz Ernesto Pujol, que conduziu a audiência ao lado do conselheiro Carlos Roberto Goytacaz Rocha, gestor do Departamento de Fiscalização Profissional (Defep).
Ainda de acordo com o presidente do CRM, “a sociedade paranaense deve ser esclarecida sobre as dificuldades as quais os médicos peritos do INSS estão sujeitos atualmente, sobretudo no que se refere à adequação de leis trabalhistas, normas, rotinas administrativas e sistemas operacionais direcionados ao trabalho médicos e aos benefícios à população usuária”.
A pauta de reivindicações da categoria ainda inclui reestruturação da jornada de trabalho, recomposição do quadro de peritos médicos, fim da terceirização da perícia e também que as metas fixadas sejam mais realísticas, pois a qualidade independe dos peritos, e que sejam implementadas mais medidas para preservar a integridade física dos servidores. Conforme a ANMP, os peritos não estão pleiteando reajuste, mas a recomposição das defasagens salariais dos últimos três anos, que chegam a 27%.
A greve dos médicos peritos foi deflagrada no dia 4 de setembro, com aprovação da maioria absoluta dos associados à Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, representante da categoria. Atualmente o quadro de peritos ativos é formada por 4,2 mil médicos, sendo que a demanda atual exigiria 6 mil, o que reflete na precarização do trabalho. No país, o índice de adesão à greve se aproxima de 80% do quadro. Na gerência de Curitiba, que conta com 58 peritos, mais da metade já aderiu ao movimento paredista e a cada dia ganha corpo pela ausência de negociações, pois nenhuma nova proposta foi apresentada pelo Ministério da Previdência desde a reunião de 11 de maio.