16/08/2021

Conselho de Medicina repudia ato de violência que resultou em morte de paciente em UTI de hospital

Ao se solidarizar com os funcionários intimidados ou tornados reféns no Metropolitano de Sarandi, CRM-PR expressa confiança em pronta resposta dos organismos de segurança na punição aos responsáveis pelo crime

O Conselho Regional de Medicina do Paraná manifesta sua solidariedade aos médicos, outros profissionais de saúde, administradores e demais trabalhadores do Hospital Metropolitano de Sarandi, alvo de lamentável episódio de violência na tarde do último domingo (15). Ao mesmo tempo, reforça sua confiança de que as autoridades policiais darão a necessária resposta na esfera de sua competência, possibilitando a responsabilização das pessoas envolvidas e inibindo a repetição dos fatos em serviços de saúde.

Um dos principais complexos hospitalares da região de Maringá, o Metropolitano foi invadido por pessoas armadas e encapuzadas, que fizeram funcionários reféns para ter acesso à área de UTI, em leito onde se encontrava um paciente que tinha passado por cirurgias após sofrer atentado a tiros no último dia 11, na própria cidade de Sarandi. O paciente, de 26 anos, desta feita foi executado. Os autores tiveram acesso ao setor depois de ameaçar de morte uma funcionária, violando o sistema de segurança. A esposa da vítima tinha recém recebido alta do mesmo hospital após ter o seu bebê.

O episódio teve repercussão nacional e vem exigindo intenso trabalho da Polícia Civil, que nesta segunda-feira (16) indicou já ter identificado os responsáveis pelo crime, que seriam os mesmos do atentado anterior. A origem seria confronto entre traficantes de drogas. As Representações Regionais do CRM-PR de Maringá e de Sarandi, que tem entre os seus membros integrantes do corpo clínico do hospital, também lamentaram o triste episódio de violência em local destinado a salvar vidas e se colocaram à disposição dos profissionais para atuar dentro de suas competências, inclusive no que tange ao policiamento preventivo.

Ainda no domingo, a Rede de Assistência à Saúde Metropolitana divulgou nota repudiando o ato de violência. O CRM-PR reproduz a íntegra do documento:

“A Rede de Assistência à Saúde Metropolitana de Sarandi, gestora do Hospital Metropolitano, considera a execução de paciente internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição um episódio de extrema gravidade, não apenas pela violência implícita, mas também pelo trauma causado a funcionários e riscos a outros enfermos.

A ação impôs rendição de segurança privada, mantida pelo hospital, e fez funcionária refém, conduzida a UTI sob ameaça de arma por dois envolvidos no crime. O paciente recuperava-se de cirurgia, após ser baleado em troca de tiros.

O Hospital Metropolitano repudia qualquer ato de violência, e nesse episódio específico, não basta apenas lamentar esse ato extremo, mas condená-lo e exigir reação adequada dos órgãos de segurança pública. A vida não tolera desrespeito e a violência perpetrada dentro dos limites do hospital é inaceitável sob todos os aspectos, a começar pela condição de local onde se preserva a vida.

Cabe à polícia detalhar as circunstâncias do crime, concentrar os esforços para elucidá-lo e prender os envolvidos. Importante ressaltar que o Hospital Metropolitano cumpre todos os protocolos convergentes com a segurança de seus pacientes e adota as medidas necessárias para preservar a integridade de seus funcionários.

Os funcionários mais diretamente envolvidos no episódio, assim como seus familiares, estão recebendo todo o apoio necessário. O Hospital Metropolitano segue na missão de salvar vidas, fiel à sua história de mais 35 anos prestando serviços médicos de qualidade para dezenas de municípios da região.”

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