03/07/2017
Sessão ocorreu na sexta, 30, e teve ampla repercussão na imprensa local. Exposição de caso clínico pelo gestor municipal deu origem à demanda
O Conselho Regional de Medicina do Paraná realizou em Cascavel, na última sexta-feira (30), ao final da tarde, sessão de desagravo público a profissionais médicos da cidade, constrangidos e ofendidos no exercício de sua profissão por gestor da administração municipal. O presidente do CRM-PR, Wilmar Mendonça Guimarães, o secretário-geral Luiz Ernesto Pujol e a conselheira Viviana de Mello Guzzo Lemke participaram do ato, assim como delegados da Regional e ainda alguns signatários do documento formal de protesto contra o gestor, que chegou a expor publicamente dados sigilosos de prontuário de paciente.
O ato de desagravo ocorreu na sede da Regional do Conselho em Cascavel e teve ampla cobertura pelos meios de comunicação locais. Em entrevista, o presidente do CRM destacou que a carta de repúdio reuniu 108 profissionais de saúde, os quais se solidarizaram com o médico Dr. João Vitor Pelizzari (CRM 32.218), questionado de forma pública pelo gestor em relação a atendimento a um paciente na UPA do Jardim Veneza, no início de março. Na análise do caso, o Conselho entendeu que o procedimento adotado pelo médico estava correto e que o questionamento feito nas redes sociais e pela imprensa expuseram indevidamente não só o médico e os demais profissionais da unidade de saúde, como o próprio paciente. O ato de desagravo encerra a questão no âmbito do Conselho.
Após a realização da sessão especial, os dirigentes do CRM-PR reuniram-se com os delegados locais para debater questões de interesse da classe, como a formação médica e as condições de trabalho. No próximo ano, Cascavel deve receber uma edição do encontro de diretores com delegados das Regionais, assim como a unidade de Foz do Iguaçu, onde, no sábado (1.º de julho), também ocorreu reunião com representantes locais para análise de assuntos relevantes à Medicina. Cascavel tem duas escolas médicas (a estadual Unioeste e a privada FAG, com 202 vagas, enquanto Foz tem a Unila, federal, com 60 vagas.
CATVE de Cascavel repercutiu o desagravo feito pelo CRM-PR:
A Central Gazeta de Notícias, CGN, também esteve presente: