07/04/2021
Conselheiros destacam importância do Revalida na garantia da qualidade da assistência à saúde
Entidades médicas repudiam recentes decisões judiciais e propostas parlamentares com o objetivo de permitir a contratação
de profissionais formados fora do país sem a validação de seus títulos
Representantes do Conselho Regional de Medicina do Paraná
(CRM-PR) reiteraram a necessidade de aprovação no exame Revalida a todos os profissionais formados no exterior
para exercer a Medicina no Brasil, como medida de proteção à saúde e à vida da população.
Em recente debate promovido pela Câmara de Curitiba, organizado pelo vereador Dalton Borba, sobre os impactos da pandemia
pela Covid-19 com representantes de profissionais de saúde (saiba mais aqui), a questão foi ressaltada pelo presidente do CRM-PR, Roberto Issamu
Yosida, e também pelo secretário-geral, Luiz Ernesto Pujol.
Segundo relatou o presidente do Conselho,
algumas ações têm surgido sob o pretexto da pandemia para se contratar médicos sem o Revalida,
a despeito da legislação brasileira. Conforme explicou, a última edição da prova foi realizada
em dezembro de 2020, havendo um período entre a aplicação da primeira e da segunda fases em que são
analisados os recursos interpostos pelos candidatos.
“Foram cerca de 16 mil candidatos, com a interposição
de aproximadamente 35 mil recursos, que terão de ser respondidos um a um para que o exame possa prosseguir”,
destacou. Outra questão apontada, em relação à segunda fase da prova, se refere às estações
de avaliação, que devem ser realizadas em hospitais, atualmente sobrecarregados diante da pandemia.
Leia a nota de esclarecimento do INEP sobre a segunda etapa do Revalida 2020
Reforçando a questão da importância do Revalida, o secretário-geral do CRM-PR, Luiz Ernesto
Pujol, reiterou que há uma necessidade de que os médicos formados em escolas no exterior demonstrem o seu preparo
e qualificação para prestarem assistência à população brasileira. “Qualquer
país que tenha um mínimo de cuidado em oferecer para a sua população médicos e uma assistência
médica de qualidade exige isso”, reforçou, destacando a obrigatoriedade de prova similar em países
como os Estados Unidos e o Canadá.
O conselheiro frisou que a prova é de competência do Ministério
da Educação, não tendo qualquer ingerência do CRM ou CFM. “O Revalida não representa
corporativismo de classe médica; ele representa na verdade o respeito à boa Medicina que tem que ser ofertada
à população”.
Leia mais: CFM defende exigência de aprovação no Revalida como forma de proteção à
saúde e vida dos brasileiros
Assista às manifestações dos conselheiros
abaixo: