12/01/2017
A direção e profissionais que atuam na UPA, Sindicato dos Médicos do Norte do Paraná (Sindmed), Conselho Regional de Medicina e Secretaria Municipal da Saúde apontam conduta ofensiva e desrespeitosa em relação aos médicos e demais profissionais de saúde
Durante reunião nesta sexta-feira (13) a Mesa Executiva da Câmara comunicou oficialmente o vereador Boca Aberta (PR) sobre documentos protocolados no Legislativo na véspera por profissionais e pela gerência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Oeste, localizada no Jardim do Sol, e por órgãos representativos da classe médica solicitando providências quanto à conduta do parlamentar, que esteve na unidade nos últimos dias para apurar denúncias de irregularidades. Ao final da reunião desta manhã também Boca Aberta fez o protocolo de documentos com a sua versão dos fatos e nos quais solicita, igualmente, providências por parte da Câmara.
A direção e profissionais que atuam na UPA, Sindicato dos Médicos do Norte do Paraná (Sindmed), Conselho Regional de Medicina (CRM) e Secretaria Municipal da Saúde apontam conduta ofensiva e desrespeitosa em relação aos médicos e demais profissionais de saúde, causando transtornos e comprometendo o atendimento dos pacientes. Já o vereador informa que seu objetivo sempre foi exercer a função regimental fiscalizadora para o qual foi eleito e que numa das visitas àquela unidade Saúde uma das médicas de plantão dirigiu-se de forma agressiva em direção ao filho do parlamentar, com o objetivo de lhe tomar à força o aparelho celular.
Encaminhamentos
Segundo o presidente da Câmara, vereador Mario Takahashi (PV), todos os documentos protocolados serão encaminhados à assessoria jurídica do Legislativo para análise dos requisitos formais e, se for o caso, posterior encaminhamento à Comissão de Ética, que terá seus integrantes definidos na primeira sessão ordinária do ano, no dia 2 de fevereiro. "Caberá à Comissão de Ética analisar o mérito da questão e definir possíveis ações", esclareceu Takahashi.
Boca Aberta informou que vai aguardar com tranquilidade para, se for o caso, apresentar sua defesa. "Vamos continuar realizando a blitz da saúde, inclusive em outras unidades", informou. Em entrevista coletiva nesta manhã o vereador defendeu ainda que está amparado pela Constituição Federal, que em seu artigo 29, inciso VIII, prevê a inviolabilidade dos vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município. "O vereador não pode ser preso, salvo em flagrante delito por crime inafiançável. E eu não estou cometendo crime nenhum", garantiu.
Também participaram da reunião desta manhã os demais integrantes da Mesa Executiva da Câmara, vereadores Ailton Nantes (PP), vice-presidente; Filipe Barros (PP), primeiro secretário; Eduardo Tominaga (DEM), segundo secretário; e João Martins (PSL), terceiro secretário, além do advogado Carlos Alberto Lopes Lamerato.
Fonte: Assessoria de Imprensa / Câmara Municipal de Londrina