O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, anunciou nesta semana a fusão de duas unidades próprias de saúde do Estado: o Centro Hospitalar de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier (CHR) será incorporado ao Hospital do Trabalhador (HT), formando uma única instituição, mais abrangente na assistência às vítimas de trauma agudo em todas as suas etapas e se transformando em referência não só no Paraná como para todo o País.

De acordo com o secretário, a gestão será do Hospital do Trabalhador e a integração tem como objetivo ampliar o atendimento especializado na rede estadual. Com o Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Lábio-Palatal (CAIF), que iniciou as suas atividades no HT em 1992, e ainda o Centro de Excelência de Neurocirurgia do Paraná, que está sendo criado, o agrupamento de instituições deverá ganhar a denominação de Complexo Hospitalar do Trabalhador e poderá alcançar o patamar de capacidade para 450 leitos.

Como explica o diretor-técnico da Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Paraná (Funeas) e ex-diretor do Centro, Alan D’Orio, a fusão será fundamental para o crescimento do CHR. “O hospital funciona hoje com 25 leitos, mas tem capacidade para 80; há previsão, inclusive, da abertura de 10 leitos de UTI”, afirmou. Atualmente, o CHR registra cerca de três mil atendimentos por mês, como indicado pela fonte.

“Com esta fusão queremos amplificar a oferta de serviços, incluindo, além da reabilitação físico-motora, tratamentos nas áreas da visão e audição. Vamos fazer investimentos e criar um grande centro de referência para todos os paranaenses”, afirmou o secretário Beto Preto.

GESTÃO

Os dois hospitais pertencem à rede de unidades próprias do Estado, mas, hoje utilizam modelos de gestão diferentes. O Centro Hospitalar de Reabilitação é administrado pela Funeas e o Hospital do Trabalhador tem gestão tripartite envolvendo, por meio de convênio, a participação do município de Curitiba e governos do Estado e Federal.

“A nossa proposta de integrar o Centro ao HT já recebeu aprovação do Conselho Estadual de Saúde e do Ministério da Saúde. Estamos cumprindo o programa do governador Carlos Massa Ratinho Junior: o melhor uso do recurso público e levar serviço de qualidade para a população”, disse o diretor-geral do HT, Geci Labres Souza Junior.

O presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência e diretor da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Felipe Braga Côrtes, também ressaltou a importância da fusão dos dois hospitais: “É fundamental ampliarmos as condições de tratamento das pessoas com deficiência e esta ação representará o início de uma nova era para o Centro de Reabilitação”, disse.

CHR

O Centro Hospitalar de Reabilitação tem 11 anos, atende apenas por meio do SUS e oferece tratamentos especializados a portadores de doenças neurológicas, neurocirúrgicas e ortopédicas agudas ou crônicas. “Atendemos todas as etapas da reabilitação física, com equipes multiprofissionais traçando um plano singular e único para cada paciente. Com a fusão, vamos ampliar o atendimento para reabilitação visual e auditiva”, disse a diretora do CHR, Elizabeth Costa.

VISITA AO CRM-PR

Na última segunda-feira (6), o Conselho Regional de Medicina do Paraná recebeu a visita de cortesia do Dr. Geci Labres de Souza Junior, diretor-geral do HT, e do Dr. Cesar Augusto Neves Luiz, assessor do secretário estadual de Saúde. O objetivo foi anunciar as fusões e ampliações previstas e, sob transparência, contar com o apoio de outras instituições devido aos impactos que representam nas áreas administrativas, trabalhistas e éticas. Assim, também levaram as novidades ao Ministério Público e a outros conselhos profissionais.

No Conselho, eles foram recepcionados pelo presidente, Roberto Issamu Yosida, pelo secretário-geral Luiz Ernesto Pujol e pelo também conselheiro Carlos Roberto Naufel Junior, gestor do Departamento de Fiscalização do Exercício Profissional. “Os resultados serão muito positivos para a sociedade”, destacou o diretor-geral do HT, Dr. Geci Labres, ao falar sobre a amplitude do projeto, do qual está à frente. “Gastamos pouco e oferecemos pouco”, refletiu o médico, ao interpretar que a estrutura de 20 hospitais que formam o complexo estadual precisa ser mais eficaz.

Os representantes da SESA avaliaram que o Centro Hospitalar de Reabilitação vinha sendo subutilizado e que o seu potencial poderá ser explorado de forma muito positiva dentro do complexo que está sendo formado e que terá uma única direção médica. Citando o modelo adotado no HT, o Dr. Geci Labres assinalou que há transparência à equipe profissional com acesso ao faturamento e valorização em produtividade, o que impacta na prestação de serviço em quantidade e na qualidade. O hospital realiza, hoje, de 400 a 500 consultas por dia e realiza, em média, 1.700 cirurgias por mês.

Fontes: AEN-PR e CRM-PR.