21/11/2010
Comissão de Parto Normal analisa pesquisas
A Comissão de Parto Normal do CFM se reuniu nesta terça-feira (16) com dois assuntos na pauta: o primeiro foi a apresentação
de trabalho de mestrado de autoria da médica anestesiologista Dra. Raquel da Rocha Pereira. Ela fez um trabalho qualitativo
de investigação sobre os fatores que levam as mulheres a optar pelo parto cesariano com via de escolha para a sua parturição,
na cidade de Joinville (SC). O estudo foi realizado nas duas maiores clínicas de obstetrícia da rede privada e nos três maiores
ambulatórios públicos. A médica é também acupunturista e consultora em lactação pelo International Board Lactacion Consultant
Examiners (IBLCE).
O estudo apontou o medo da dor como a principal causa pelo alto número de cesáreas nos serviços de saúde da referida cidade.
O trabalho conclui que no processo de parturição, "o trabalho de parto é sinônimo de sofrimento", especialmente nas situações
colocadas pela mídia, que "mostram a parturiente apenas em situação de sofrimento, aos gritos, fora do ambiente hospitalar."
A Comissão também analisou o resultado da pesquisa realizada com os obstetras filiados à Federação Brasileira de Ginecologia
e Obstetrícia (Febrasgo) e elaborada pela Comissão do Parto Normal do CFM, com coordenação do pesquisador Valdiney Veloso
Gouveia. Foram enviados formulários da pesquisa, para 18. 492 endereços de e-mail cadastrados na FEBRASGO e respondidos 3.131
questionários. O estudo levantou informações sobre a postura dos obstetras diante da opção da via de parto e os fatores que
influenciam nessa decisão, tais como, autonomia da paciente, condições de estrutura hospitalar e remuneração.
A pesquisa foi iniciada em 07 de junho deste ano e encerrada em 20 de outubro. O coordenador da Comissão, José Fernando
Maia Vinagre, avalia que "esses resultados preliminares da pesquisa mostram "um universo aceitável para que se tenha dados
concretos sobre os objetivos pretendidos com a pesquisa e subsidiar a Comissão nas medidas a serem tomadas".
Fonte: CFM