A reunião da CCJ mobilizou dezenas de integrantes de entidades representativas dos médicos. Foto: Taciana Giesel.
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira, 8 de fevereiro, em votação simbólica,
o projeto do ato médico (SCD 268/2002), que estabelece atividades privativas dos médicos. Apenas os senadores Demóstenes Torres
(DEM-GO) e Aloysio Nunes (SPDB-SP) votaram contra. A matéria ainda será analisada pelas comissões de Educação (CE) e de Assuntos
Sociais (CAS), antes de seguir para Plenário.
Na reunião da CCJ, o relator da matéria, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), rejeitou duas emendas, apresentadas
pelos senadores Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), e manteve seu voto, lido no último encontro
da CCJ, em dezembro de 2011.
Para chegar à aprovação, Valadares rejeitou modificações polêmicas feitas no projeto pelos deputados e resgatou medidas
contidas no substitutivo de Lúcia Vânia (PSDB-GO), que foi relatora na CAS na primeira fase de tramitação no Senado.
Matéria controversa, o projeto do ato médico tramita há dez anos no Congresso: foi aprovado no Senado em 2006 e enviado
à Câmara, onde foi modificado pelos deputados. Com as mudanças, voltou em 2009 para análise dos senadores, que devem opinar
sobre as alterações. A reunião desta quarta-feira mobilizou dezenas de integrantes de entidades representativas dos médicos,
entre elas a FENAM, e de outras categorias da área da saúde, que lotaram a sala da comissão.
Para o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhaes, considerou a aprovação um avanço. "Foi um avanço,
lamentavelmente pelo regimento interno esta decisão não é terminativa e o projeto ainda passará por mais duas comissões e
isso leva a continuidade do nosso trabalho, mas a aprovação na CJJ, é sem dúvida um passo decisivo para que finalmente regulamentem
o exercício da medicina."
Carvalhaes ressaltou ainda que o trabalho das entidades continua, uma vez que o projeto ainda terá que ser apreciado por
mais duas comissões a de Educação (CE) e de Assuntos Sociais (CAS), antes de ir ao Plenário.
"O relatório do senador Valadares, não é o ideal, mas define bem as competências do médico. Vamos acatá-lo e trabalhar
para que nas próximas comissões ele não sofra alterações."
Fonte: href="http://portal.fenam2.org.br/portal/showData/397604" target="_blank">Fenam