25/06/2020
Coronel médica Carla Maria Clausi, que é do Paraná, apresentou relato sobre a operação conjunta realizada para minimizar os danos do coronavírus nas áreas ribeirinhas e fronteiriças
A atuação médica no combate à covid-19 junto às comunidades indígenas e populações ribeirinhas, além das regiões de fronteira, foi o tema de reunião realizada pela Comissão de Integração de Médicos de Fronteira do CFM. Por videoconferência, a coordenadora da Comissão, Dilza Teresinha Ribeiro, e os membros da equipe do Conselho ouviram a subdiretora de Saúde Operacional da Diretoria de Saúde do Exército Brasileiro, coronel médica QEMA (Quadro de Estado-Maior da Ativa) Carla Maria Clausi. A representante do Exército Brasileiro apresentou aos membros da Comissão um relato sobre a operação conjunta realizada para minimizar os danos da Covid-19 nessas áreas.
A missão conta com a participação das Forças Armadas, em parceria com o Ministério da Defesa e Ministério da Saúde, Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e outros órgãos. No encontro virtual, a coronel médica destacou que as equipes de saúde da Operação Covid-19 têm trabalhado intensamente para limitar os efeitos da doença em povos indígenas, considerados ainda mais suscetíveis aos riscos de contrair a doença.
Apoio à operação
A médica militar Carla Clausi afirmou no encontro que a ação conta com médicos de diversas especialidades; como obstetrícia, ginecologia, pediatria, cirurgia geral, gastroenterologia, anestesia, ortopedia, endocrinologia e clínica médica; além de outros profissionais de saúde, como enfermeiros, dentistas, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. Sobre o relato da representante do Exército, Dilza Ribeiro declarou que a comissão está atenta ao trabalho desses médicos e que apoia a iniciativa do cuidado às comunidades.
Segundo a conselheira, também secretária-geral do CFM, um novo encontro da Comissão deverá ocorrer em 15 dias, para que o Conselho possa receber “informações novas e estar atualizado quanto ao trabalho desenvolvido, de suma importância para proteção das comunidades”, avalia a diretora do CFM.
A Operação visitou até o momento diversos territórios indígenas e populações ribeirinhas de localidades distantes e de difícil acesso; como São Gabriel da Cachoeira, Alto Rio Negro, Tabatinga, Atalaia do Norte e Alto do Rio Javari, no Amazonas. A elas, os profissionais levaram orientação sobre prevenção ao contágio do novo coronavírus, testes rápidos de sorologia e equipamentos de proteção individual, como máscaras, toucas e aventais, e também bisnagas de álcool-gel, medicamentos e assistência médica.
Cuidados das equipes
Além dos dispositivos de proteção e meios de diagnóstico, nas visitas as equipes entregaram a hospitais de referência ventiladores pulmonares e prestam atendimentos especializados às aldeias da região. A coronel médica destaca ainda a atenção dos profissionais com a segurança desses povos “É importante ressaltar os cuidados que as equipes têm tido com a realização de testes moleculares (RT-PCR), sendo obrigatório possuir o exame negativo, além de ser realizada inspeção sanitária, no momento do embarque, para todos os integrantes da Operação Covid-19”, assegura Carla Maria Cleusi.
Enquanto a pandemia não estiver controlada, os profissionais da Operação Covid-19 vão levar a atenção médica a mais localidades. A partir da próxima semana, a missão vai alcançar também as Terras Indígenas de Raposa Serra do Sol e Ianomâmi, em Roraima. A meta é favorecer o maior número possível de comunidades indígenas e ribeirinhas, espalhadas pelo país.