De acordo com último boletim quinzenal da Secretaria Estadual da Saúde, Paraná chegou a 17 mortes de macacos causadas pela
doença no atual período epidemiológico; não há confirmação entre humanos
O boletim quinzenal da febre amarela divulgado na quarta-feira
(17) pela Secretaria de Estado da Saúde confirmou a morte de mais um macaco (epizootia) contaminado pelo vírus
da doença na área da 2ª Regional de Saúde Metropolitana. O caso foi registrado no município
de Piraquara, em região próxima à divisa com a 1ª regional de Saúde de Paranaguá.
Com a confirmação, já são 17 epizootias confirmadas no atual período epidemiológico.
“A epizootia sinaliza que o vírus
está circulando”, alertou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “A secretaria já
orientou as duas Regionais de Saúde para medidas preventivas, como busca ativa de pessoas não vacinadas contra
a febre amarela, lembrando que em 2018 o Paraná registrou um óbito provocado pela doença, na região
do Litoral, em pessoa não vacinada”.
Ele
também reforçou a importância da vacinação. “Neste momento, em que imunizamos também
contra a Covid-19, destacamos que é preciso um intervalo de 15 dias entre as doses das vacinas, mas que todas são
necessárias e devem ser recebidas de acordo com protocolos de faixa etária”, ressaltou Beto Preto.
Vacinação
Diante desse cenário epidemiológico, a SESA reforça
a necessidade de ações de intensificação vacinal de forma a alcançar a cobertura de no
mínimo 95% da população alvo, priorizando as populações e áreas de maior risco.
Fazem parte desse grupo as pessoas de nove
meses a 59 anos de idade. A população acima de 60 anos, gestantes e mulheres lactentes devem ser avaliadas pelo
serviço de saúde quanto à indicação da vacinação em locais de circulação
do vírus amarílico.
As
ações de controle da febre amarela devem integrar a vigilância epidemiológica, imunização
e atenção básica para o planejamento e execução oportuna das ações, principalmente
na vigência da pandemia da Covid-19, que acarreta redução de recursos humanos e de procura espontânea
da população pelas salas de vacina, enfatiza a Divisão de Vigilância do Programa de Imunização
da SESA.
Monitoramento
O atual período de monitoramento
da febre amarela no Paraná teve início em julho de 2020 e segue até junho deste ano. O Estado registra
até o momento 120 notificações de epizootias em 30 municípios, com 17 confirmações.
Outras oito notificações seguem em investigação. Em relação à febre amarela em humanos, o período não apresenta
casos confirmados. Até agora foram 20 notificações, 18 já descartadas e 2 seguem em investigação.
A Secretaria da Saúde reforça
que os macacos não transmitem a febre amarela. Da mesma forma que os humanos eles são contaminados pelo vírus
por meio do mosquito transmissor da doença, adoecem e podem morrer vítimas da infecção.
Fonte: AEN, com CRM-PR