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AOS MÉDICOS E À SOCIEDADE
Pararam as escolas.
Pararam as repartições públicas.
Pararam os shoppings e restaurantes.
Pararam as indústrias e o comércio privado.
Pararam os cinemas, os teatros e os museus.
Pararam as compras e vendas de ações na bolsa.
Pararam as comemorações de aniversário e de congraçamentos.
As gentes pararam de circular, de se cumprimentarem, de se entrosarem.
Quase tudo parou, ou se não parou completamente, diminuiu a intensidade.
Só não parou o surgimento de novos doentes, e o trabalho dos médicos.
Estes sim, os médicos, os verdadeiros heróis que continuam em seu trabalho ininterrupto, dia e noite, feriados
e em finais de semana, muitas vezes sem horário para fazer refeições, sem direito a um sono reparador;
muitas vezes separado de seus entes queridos e expostos a adquirirem a doença que combateram em seus pacientes.
Nas situações de pandemias e de epidemias, como a atual COVID-19, esses profissionais jamais se eximiram
de suas responsabilidades e da cooperação que a sociedade espera, mas nem sempre reconhece.
Está na hora de que os médicos recebam a legítima certificação de seus valores, o
aplauso coerente com a sua luta diuturna, o mérito pelas suas ações incógnitas em benefício
da população, o agradecimento pela sua dedicação não condicionada às condições
socioeconômicas dos doentes e o troféu simbólico de gratidão pelo seu envolvimento emocional nos
atendimentos daqueles que nascem e daqueles que morrem.
O Conselho Regional de Medicina do Paraná tem orgulho e sente-se honrado pela autodeterminação demonstrada
pelos médicos no transcurso da presente pandemia de coronavírus e espera que a sociedade se atente para a virtude
desses profissionais.
Luiz Ernesto Pujol, conselheiro e secretário-geral do CRM-PR.