07/02/2020

Campanha de vacinação contra o sarampo terá em 15 de fevereiro dia D de mobilização nacional

Ação da SESA vai de 10 de fevereiro até 13 de março; cobertura vacinal precisa atingir melhores parâmetros no Paraná

A primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo deste ano começa na próxima segunda-feira (10) e vai até o dia 13 de março. Para iniciar a campanha, o Paraná tem o quantitativo de mais de 1,245 milhão de doses da vacina.

“O objetivo desta campanha é interromper a circulação do vírus e garantir alta cobertura vacinal no Estado, que hoje está com cerca de 90% para as crianças de um ano quando o ideal seria de 95% em todas as faixas etárias. A vacina é a única forma de proteção e está disponível nas Unidades de Saúde do Paraná”, alerta o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

clique para ampliarclique para ampliarCampanha começa em 10 de fevereiro. (Foto: SESA)

O Paraná acompanha as estratégias definidas pelo Ministério da Saúde (MS), porém, define ações diferenciadas para conter a transmissão do vírus no Estado. A campanha nacional preconiza que nesta primeira etapa seja vacinado o público de cinco a 19 anos, entretanto, analisando os casos de sarampo no Paraná, a faixa etária de 20 a 29 anos é a mais acometida pela doença e, como forma de quebrar a transmissão do vírus, o Estado adota uma campanha contemplando as pessoas de cinco até 59 anos.

“A maioria dos casos confirmados de sarampo está na faixa etária de 20 a 29 anos, por esse motivo, o Paraná além de antecipar a campanha para este grupo que seria apenas em agosto, também fará a estratégia de vacinação indiscriminada, ou seja, todas as pessoas nessa faixa etária devem procurar as unidades de saúde nesse período de campanha para receber a vacina contra o sarampo”, explicou a chefe da Divisão de Vigilância do Programa de Imunização da Sesa, Vera Rita da Maia.

Para as demais idades, de cinco a 19 anos e dos 30 aos 59, a vacinação é seletiva. É necessário levar o comprovante vacinal para verificação do esquema, pela unidade de saúde, pois somente será imunizada a pessoa que nunca recebeu a dose ou que esteja com o esquema vacinal incompleto.

DIA D

Para realizar a abertura da campanha nacional e incentivar a vacinação contra o sarampo, no dia 15 de fevereiro, dia D de mobilização nacional, o secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, estará em Curitiba. A capital paranaense foi escolhida pelo alto número registrado de casos de sarampo.

BOLETIM

O novo boletim epidemiológico do sarampo divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), nesta quinta-feira (6), confirma 23 novos casos da doença no Paraná. O número subiu de 808 na semana passada para 831 e permanecem em investigação 1.653.

Cerca de 60% das confirmações foram registradas na capital paranaense. O público mais atingido pela doença são os jovens de 20 a 29 anos, com 435 casos confirmados, seguido das pessoas entre dez e 19 anos, com 216.

No Paraná, após 20 anos sem o registro da doença, em agosto de 2019 foi confirmado o primeiro caso de sarampo na região metropolitana de Curitiba, em Campina Grande do Sul.

CAPACITAÇÃO

O Paraná possui 1.852 salas de vacinação dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Já como uma política de intensificar ainda mais a cobertura adotada pela Sesa, no final do ano passado, com apoio do Programa Nacional de Imunização (PNI) do MS, foi realizado um treinamento inédito envolvendo mais de 1.200 profissionais de saúde dos 399 municípios do Paraná.

Na ocasião os participantes foram sensibilizados sobre a importância das vacinas e do papel que eles exercem como profissionais que atuam na linha de frente, em contato direto com a população.

“Nosso objetivo é capacitar constantemente todos os profissionais de saúde que atuam diretamente com a população, motivando para que eles sejam os nossos interlocutores e levem a cada cidadão a informação correta sobre as vacinas que fazem parte do calendário vacinal da rede do Estado”. Enfatizou o secretário Beto Preto.

A Sesa organiza a rede de educação permanente sobre vacinação, oferecendo  cursos e capacitações para os servidores das 22 Regionais de Saúde.

DOENÇA – O sarampo é uma doença infecciosa, transmitida por vírus e que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações decorrentes do sarampo são mais graves em crianças menores de cinco anos e podem causar meningite, encefalite, pneumonia, entre outras. O vírus é transmitido pela respiração, fala, tosse e espirro. As micropartículas virais ficam suspensas no ar, por isso o alto poder de contágio da doença.

SINTOMAS

Os sintomas mais comuns são: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo), outros sintomas como cefaleia, indisposição e diarreia também podem ocorrer. Como não existe tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento com o aparecimento dos sintomas. Os doentes ficam em isolamento domiciliar ou hospitalar por um período de sete dias a partir do aparecimento das manchas vermelhas no corpo.

VACINAÇÃO

A vacina contra o sarampo é gratuita e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. A Sesa orienta para que a população fique atenta às datas da carteira de vacinação e aos registros de doses.

A dose zero deve ser aplicada em crianças entre seis e onze meses. A primeira dose deve ser aos 12 meses de vida com a vacina tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola), e a segunda dose aos 15 meses de vida com a vacina tetra viral (que previne sarampo, rubéola, caxumba e varicela/catapora). A população com até 29 anos deve receber duas doses da vacina. E para as pessoas que estão no grupo com idade entre 30 e 49 anos basta ter o registro de uma dose.

Mulheres que estão amamentando podem ser vacinadas. E aquelas que desejam engravidar, devem aguardar no mínimo 30 dias após receber a dose da vacina. Todos os profissionais da área da saúde devem ser vacinados com as duas doses da tríplice viral em qualquer faixa etária.

Não tem indicação para tomar a vacina pessoas com a imunidade baixa, mulheres grávidas e menores de seis meses de idade e pacientes que tomam medicações imunossupressoras.

Fonte: SESA-PR

 

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