Doença congênita acomete entre 0,5% e 3% da população mundial e pode levar a altos graus de astigmatismo e miopia, comprometendo
a visão
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR),
através de sua Câmara Técnica de Oftalmologia, ressalta a importância da campanha de prevenção
e combate ao ceratocone. Durante todo o mês de junho acontece o “Junho Violeta”, criado para a prevenção
da doença oftalmológica. A campanha
foi criada pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) com o intuito de orientar a população sobre a doença,
os avanços, o diagnóstico e a importância do seu acompanhamento e tratamento.
"A prevenção sempre será a melhor forma de
combater o ceratocone e a campanha Junho Violeta é uma importante ferramenta para aumentar o acesso à informação
pela sociedade", afirma a Dra. Ana Paola Vargas Baptistella, membra da Câmara Técnica de Oftalmologia do CRM-PR.
A Câmara Técnica de Oftalmologia do CRM-PR possui
coordenação do Dr. Juliano Palmiro Cunha, sendo integrada também pelos Drs. Alex Treiger Grupenmacher,
Arthur Rubens Cunha Schaefer, Claudia Regina Lourenço Lucas Bochnia, Marcello Mattos da Fonseca, Natalia Gaertner Cabrini (médica convidada), Ranni Pereira Santos,
Rodrigo Beraldi Kormann e Tatiana Borghetti Pereira.
Confira a seguir as respostas a algumas perguntas importantes sobre o ceratocone:
O que é ceratocone?
É uma doença congênita, ou seja, a pessoa já nasce com predisposição
para desenvolvê-la. O problema acomete entre 0,5% e 3% da população mundial e pode levar a altos graus
de astigmatismo e miopia, comprometendo a visão.
Qual a causa do ceratocone?
Alguns
estudos indicam que o ceratocone pode estar relacionado a mudanças
físicas e bioquímicas no tecido corneano. Entretanto, é importante destacar que o hábito de coçar os olhos está ligado à doença (o ato de coçar os olhos com frequência
pode provocar o afinamento da córnea, uma das
características da doença).
Quais
os tratamentos disponíveis na oftalmologia para o ceratocone?
A doença possui quatro fases e diversos tratamentos, que dependem de sua gravidade.
Na fase inicial, a visão pode ser corrigida com o uso de óculos. No estágio moderado, com o uso de lentes
de contato específicas para ceratocone ou com o implante de anel intracorneano, no caso de intolerância às
lentes. Outra opção de tratamento é o procedimento conhecido como crosslinking. Neste processo,
o uso de colírio de vitamina B2, associado
à luz UVA emitida por uma fonte, aumenta a ligação das fibras de colágeno da córnea, o que a enrijece, evitando a progressão da doença.
Nas etapas mais avançadas, o tratamento baseia-se no transplante de córnea, que é a cura definitiva para
o ceratocone.