21/09/2015
A chance de aprender caminhando e observando as “árvores da vida” envolveu mais de 350 crianças e adolescentes
Realizado no dia 14 de setembro como atividade pré-Congresso Congresso Brasileiro de Bioética, o Caminho do Diálogo mereceu repercussão bastante positiva nas redes sociais e entre os congressistas e entre estudantes e docentes da PUCPR, que acolheu as atividades. O balanço da atividade foi apresentado pela Prof.ª Marta Fischer, do Curso de Mestrado em Bioética da PUC, na manhã de sexta-feira (18), precedendo a conferência do ex-coordenador da Unesco Henk tem Have, da Universidade de Duquesne (EUA).
O Caminho do Diálogo foi estruturado para crianças e pré-adolescentes de 9 a 14 anos, estudantes do ensino fundamental de escolas da rede pública e privada. Foram envolvidos mais de 350 alunos, nos turnos de manhã e tarde, tendo ainda a participação de 73 universitários de várias áreas da PUCPR, que auxiliaram os coordenadores do projeto e os monitores. Ao final, foi elaborado um questionário para todos os envolvidos avaliarem o processo o qual deve ser publicado em breve.
O ponto de partida e de chegada foi a Concha Acústica, estrutura histórica originária da tribuna do hipódromo do Guabirotuba, inaugurado em 1899. O símbolo foi caracterizado como unidade de interesse patrimonial. O percurso foi cumprido sob o toldo branco que percorre todo mo campus, com 12 paradas simbolizando árvores da vida: de espiritualidade, qualidade de vida, segurança alimentar, recursos naturais, biotecnologia, cuidados da saúde, vulneráveis, ética animal, pesquisas com humanos, biodireito, educação e família.
O Caminho do Diálogo foi uma oportunidade do estudante reviver o processo de ensino-aprendizagem adotado pelo filósofo grego Aristóteles, denominado de Peripatético, cujos conhecimentos eram compartilhados com seus estudantes por “preleções” realizadas durante passeios pelos jardins de Atenas. “Considerando que na atualidade ainda buscamos meios para substituirmos as cansativas aulas expositivas em ambientes fechados, podemos considerar a metodologia de Aristóteles um tanto inovadora e revolucionária”, resumiu Gerson Zafalon Martins, mentor do projeto e coordenador do XI Congresso Brasileiro de Bioética.
Gestora da ideia, a Prof.ª Marta Fischer, declarou-se emocionada com os resultados os resultados, sobretudo por constatar pessoas de diferentes níveis de conhecimento “igualados na discussão a respeito de questões que ainda nos atormentam”. Ela prossegue: “O resultado dessa ação só confirma minha visão - segundo alguns, extremamente romântica e sonhadora - que percorrer o caminho da bioética é uma missão de vida, um estilo de vida, que congrega pessoas que querem fazer algo efetivo pela vida. Me senti muito honrada em poder proporcionar esse turbilhão de experiências, ainda não totalmente digeridas, para o Congresso Brasileiro de Bioética, para nosso Curso de Mestrado em Bioética da PUCPR e para a Sociedade Brasileira de Bioética, pois esse era um sonho antigo, uma semente que começa a germinar e acena para novos rumos da Bioética Brasileira.”