Foram entregues as carteiras profissionais de 28 novos médicos em reunião ética realizada na sede do Conselho Regional de Medicina do Paraná. O evento ocorreu na manhã da quinta-feira, 26, e contou com a presença do presidente do CRM-PR, Wilmar Mendonça Guimarães, o vice-presidente, Roberto Issamu Yosida e o secretário-geral, Luiz Ernesto Pujol.

Durante a cerimônia, o Dr. Roberto Issamu Yosida explicou brevemente o funcionamento e as áreas nas quais o Conselho atua. Ele destacou o crescimento do CRM ao longo desses 60 anos e o sucesso de projetos como a Educação Médica Continuada, que, apenas em 2018, já realizou 25 eventos com aproximadamente 2.500 participantes. Ele também comentou que há uma relação na queda recente de denúncias contra médicos e iniciativas como essa: quando o médico tem acesso à informação, a chance dele cometer erros é menor. "Nós estamos reduzindo as denúncias pela conversa, pela informação”, disse.

Além disso, o vice-presidente deu orientações para uma boa conduta profissional e humana, abordando questões como o sigilo médico-paciente e a importância de não negligenciar a própria saúde. “Às vezes, por sermos médicos, nós pensamos que sabemos de tudo, que não precisamos nos cuidar, então tomem cuidado da sua saúde, do seu corpo”, afirmou.

Na sequência, o Dr. Luiz Ernesto Pujol ofereceu alguns conselhos aos seus novos colegas de profissão. Ele reforçou, sobretudo, a importância de não perder a humildade e nem menosprezar as queixas dos pacientes. “Recebam seus doentes com afeto, conversem com eles”, disse. Também deixou claro que hoje, mais do que nunca, cabe ao médico ser um exemplo de conduta ética e moral -- dado o respeito e a confiança que a sociedade deposita no profissional da Medicina.

Encerrando a cerimônia, o Dr. Wilmar Mendonça destacou algumas das bandeiras que o CRM tem defendido, como a instituição do Revalida em âmbito nacional e a restrição à abertura de novas escolas de Medicina no país. Em seguida, chamou ao palco três dos novos médicos para a entrega simbólica dos documentos.

Medicina desde a infância

Alana Raisa Luiz Golemba (CRM-PR 39.693) é natural de Alto Paraná, mas se formou em Presidente Prudente, pela Unoeste, no final do ano passado. Ela escolheu a Medicina quando ainda era bem pequena, sob influência do pai, Cláudio Golemba, médico que atua há 40 anos no município onde ela nasceu e se criou. “Desde que tinha uns cinco anos eu já falava para a família que eu iria ser médica”, conta. Agora, depois de formada e com seu CRM em mãos, pretende fazer clínica médica para mais tarde se especializar em oncologia clínica.

Ela veio acompanhada de sua mãe, Maria Madalena Luiz Golemba, que chegou a se emocionar durante a cerimônia. “Eu vejo o quanto ela deixou de sair, de curtir a vida, de ficar com a família, e com a distância também batia aquela saudade, o coração ficava dolorido”, relembra. “Foram seis anos de muita luta, então agora é tudo de bom, é um orgulho [ver ela formada]”.

Laize Armstrong (CRM-PR 39.138) tinha 12 anos de idade quando decidiu que faria Medicina, mas diz que foi só na metade da sua graduação na Universidade Positivo (UP), que teve a dimensão real do que significa ser médico e como a profissão pode ser recompensante.

“Quando a gente se relaciona com as pessoas e percebe que, com o pouco que a gente sabe, nós conseguimos trazer um pouco de alento para aquele ser humano que está sofrendo, eu acho que essa é a maior recompensa por todo o trabalho que a gente tem”, conclui.