O Conselho Regional de Medicina do Paraná registra com pesar o falecimento do jornalista e radialista Ali Chaim, ocorrido na noite de quarta-feira (27) no Hospital Santa Cruz, em Curitiba. A cerimônia de despedida ocorre nesta quinta (28) na Capela Memorial da Vida, em São José dos Pinhais. Ele tinha 81 anos. Era casado com a advogada Esmeralda Elair Silveira Chaim, filha de delegado de Polícia e sobrinha da atriz Lala Schneider, com quem teve três filhos: Ali, Camila e Omar. Era irmão do livreiro Aramis Chaim e do vendedor de seguros Anuar. As condolências aos familiares e amigos.

clique para ampliarAli Chaim, em entrevista para Gazeta, onde trabalhou. (Foto: Arquivo)

Também conhecido como Califa 33, que nomeia um filme sobre a sua história na crônica policial paranaense, Ali Chaim era profissional carismático e zeloso com a ética e o respeito à dignidade humana. Ao longo de sua carreira profissional, iniciada ainda nos anos 1960, ele sempre exaltou a profissão médica, tendo o Conselho de Medicina do Paraná como uma de suas importantes fontes para melhor orientar a população sobre saúde e bem-estar. O jornalista era convidado de honra de atividades da Academia Paranaense de Medicina, prestigiando muitos de seus eventos.

O presidente do Conselho, Roberto Yosida, lamentou a perda do destacado expoente do jornalismo paranaense, a exemplo dos conselheiros e ex-presidentes Hélcio Bertolozzi Soares, Gerson Zafalon Martins, Luiz Salim Emed e Luiz Ernesto Pujol, e ainda do ex-conselheiro Ehrenfried Wittig, todos muito presentes em programas de rádio e tevê comandados por Ali Chaim. “Ele tinha um apreço todo especial para com os médicos e buscava contornos mais humanísticos em suas reportagens”, referiu-se o Dr. Wittig. Uma de suas últimas atuações foi na apresentação do programa “Bate-papo com Chaim”, na TV e-Paraná.

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, também se manifestou sobre a morte de Ali Chaim: “Lamento a perda do profissional de comunicação social que, por décadas, acordou cedo atrás da notícia e contribuiu diariamente para a crônica jornalística e policial da cidade de Curitiba. Possam os anjos velar seu repouso com cânticos de glória”.

Com destacado em nota da prefeitura, Chaim fez história no jornalismo da capital paranaense como uma das figuras marcantes da crônica policial. Começou sua carreira na década de 1960, no jornal Diário da Tarde, onde inaugurou uma coluna de crônicas sobre a noite curitibana usando o pseudônimo de Lawrence das Arábias, extraído do clássico filme de 1962. Ele também atuou na Gazeta do Povo, mas se firmou no rádio com programas de grande alcance na Rádio Clube FM (“De olho da lei sobre a cidade”) e na Rádio Colombo (“Tabuleiro Policial”). Também teve atuação na televisão, com o “Show de Jornal” na TV Iguaçu. “Com sua apuração criteriosa e carisma, conquistou o respeito de seus colegas, profissionais da comunicação e também de personalidades de todas as áreas”, ainda destacou a nota.