O Conselho Regional de Medicina do Paraná iniciou pesquisa para identificar os médicos residentes no Estado que não tomaram a primeira dose da vacina ou que já viram expirar ou está na iminência de expirar o prazo para receber a segunda dose. O objetivo é contribuir para atualização das estatísticas da população de trabalhadores da saúde dentro da Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19 e, assim, consolidar o ideal de imunização de todos os médicos paranaenses.

MÉDICO(A), NÃO TOMOU A VACINA? PREENCHA FORMULÁRIO AQUI.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, há indicativos de que aproximadamente 78 mil trabalhadores da saúde ainda não receberam a primeira dose, incluído aí número de médicos a ser determinado. Na última terça-feira (4), o diretor geral da SESA, Nestor Werner Junior, esteve em Brasília para reivindicar, junto ao Ministério da Saúde, um lote adicional de imunizantes para suprir as necessidades detectadas.

A previsão inicial para os grupo prioritários, dentro do PNI (Programa Nacional de Imunização), era de alcançar quase 4,02 milhões de paranaenses, incluindo 303.026 trabalhadores da saúde. Há aproximadamente um mês, nada menos do que 267.443 profissionais já tinham recebido pelo menos a primeira dose, o equivalente a 88,25% do total. A segunda dose tinha sido aplicada em 129.222 trabalhadores, correspondendo a 42,64% do total. O grupo da saúde começou a ser imunizado no dia 18 de janeiro, quando sete profissionais do Complexo do Hospital do Trabalhador receberam sua primeira dose de Coronavac. O escalonamento priorizou os da linha de frente.

Detectada a inconsistência na estatística apresentada pelo Ministério da Saúde, já que o patamar de profissionais da saúde se mostrou mais elevado considerando as sucessivas reclamações, a Secretaria Estadual de Saúde mobilizou todas as Regionais de Saúde para que pesquisem junto aos gestores municipais a real necessidade de mais doses.

Em ofício dirigido ao CRM-PR, a chefe da Divisão de Vigilância do Programa de Imunização, Vera Rita da Maia; a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Maria Nasr; e a diretora de Atenção e Vigilância à Saúde, Maria Goretti David Lopes, Diretoria de Atenção e Vigilância de Atenção e Vigilâmcoa e, Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde, esclarecem sobre a reavaliação de estimativa da população de trabalhadores da saúde. Assim, para contribuir para o levantamento e permitir que todos os médicos sejam imunizados, o CRM-PR aprovou em reunião de diretoria, na última segunda-feira (3), a realização de pesquisa para identificar os profissionais não alcançados ainda quer parcial ou plenamente na campanha.

Há uma série de fatores que vieram prejudicar a cobertura vacinal plena dos médicos, a começar pelo crescimento do número de profissionais no Estado desde a pesquisa inicial e inconsistência de dados, incluindo municípios diferentes de domicílio e local de atividade do profissional. Assim, é de grande importância que o médico dê retorno dentro da pesquisa sobre a sua situação e para que os gestores possam ser informados para que providenciem com maior brevidade a vacinação.