12/04/2016
A suspensão do indicativo de interdição ética será analisada pela plenária do Conselho na próxima segunda-feira (18)
Na manhã da última segunda-feira (11), o CRM-PR retornou ao Hospital Municipal de Foz do Iguaçu para uma nova vistoria, após o ato de indicativo de interdição ética realizado em dezembro (leia mais aqui).
Estiveram presentes o presidente do CRM-PR, Luiz Ernesto Pujol, o gestor do Departamento de Fiscalização do Exercício Profissional (Defep), Carlos Roberto Goytacaz Rocha, o Coordenador do Defep, Elisio Rodrigues, e o advogado do CRM-PR Martim Palma.
Em dezembro último, após constatar inconsistências nas escalas de trabalho, com carência de profissionais das diversas áreas, equipamentos desativados por falta de manutenção, não reposição de materiais e medicamentos, atrasos nos pagamentos dos médicos entre outros problemas, o CRM-PR concedeu um prazo de 90 dias para que as pendências fossem regularizadas.
“Felizmente constatamos que a Comissão formada para resolver o problema conseguiu cumprir com os objetivos que havíamos determinado como indispensáveis para o bom funcionamento do hospital”, disse o presidente do CRM-PR, Luiz Ernesto Pujol. Afirmou ainda que o mérito principal dos avanços é da Comissão formada para atender às solicitações feitas pelo CRM. O mais difícil foi organizar a gestão administrativa, que não permitia ao hospital apresentar junto ao poder público, como a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), as reais necessidades da instituição.
O gestor do Defep, Dr. Carlos Roberto Goytacaz, afirmou que hoje a gestão sabe como funcionam os contratos e as
demandas do hospital. “Há uma absoluta necessidade de que essa Comissão continue acompanhando esse processo
por pelo menos mais um ano, para que haja garantia total de um atendimento digno à população”,
disse.
A Comissão que gerenciou as mudanças no hospital é formada por três advogados, dois economistas
e um contador. A frente da gestão do Hospital, a Comissão conseguiu, além de melhorar o atendimento oferecido,
alcançar uma economia mensal de aproximadamente R$ 3 milhões, isto apenas com a revisão de contratos
e a reorganização da forma com que os serviços são oferecidos aos usuários. “Chegamos
aqui e a situação era praticamente de abandono. Faltavam médicos, existiam alas sem o mínimo de
condições de funcionamento. Salas sem ventiladores, lâmpadas, até mesmo o teto estava comprometido”,
declarou Patrícia Foster Ruiz, diretora presidente da Fundação Municipal de Saúde.
Os conselheiros presentes na vistoria também destacaram a importância do interesse demonstrado pelos gestores públicos na resolução do caso, o que foi determinante para a regularização das pendências encontradas em dezembro. A retirada do indicativo de interdição será homologada em reunião da Plenária do CRM-PR, que será realizada na próxima segunda-feira (18).
CRM-PR com informações do Jornal do Iguassu