04/02/2013
CRM-PR exalta trabalho solidário na atenção às vítimas de Santa Maria
Ao consignar voto de louvor, que alcança os profissionais médicos, Conselho cobra plano de contingência para casos de emergência.
Os médicos paranaenses Marcio Luiz Nogarolli, Andreia Naufell e Juliana Zaninelli Maiolino passaram seis dias de trabalhos intensos junto à Força Nacional do SUS enviada para ajudar no atendimento às vítimas.
Em sua reunião plenária realizada na última segunda-feira, 4 de fevereiro, o Conselho Regional de Medicina do Paraná aprovou por unanimidade voto de louvor lavrado em ata para exaltar o trabalho solidário que se seguiu aos desdobramentos da tragédia de Santa Maria (RS), onde o incêndio da boate Kiss provocou a morte de pelo menos 238 pessoas e levou à hospitalização quase centena e meia.
Na deferência, o CRM fez especial distinção à ação dos profissionais médicos, inclusive de outros Estados, como do Paraná, que se deslocaram para Santa Maria e Porto Alegre para auxiliar na atenção aos pacientes internados. "Mesmo sem uma estrutura adequada, principalmente por conta da gravidade da situação e do número de feridos, percebemos que os médicos reafirmaram o compromisso pelo qual juraram na formatura, de preservar e salvaguardar a vidas das pessoas, atendendo com dignidade apesar das dificuldades", afirma o presidente do CRM-PR, Alexandre Gustavo Bley.
Ao consignar pesar pela tragédia e enaltecer o heroísmo e espírito solidário que se estendeu muito além da cidade do Rio Grande do Sul, consagrado polo estudantil, o Conselho de Medicina do Paraná decidiu ratificar posição junto aos gestores públicos da necessidade de se implementar plano de contingência para situações de emergência, com reserva de leitos, disponibilidade de equipamentos e infraestrutura e qualificação profissional. "Este fato mostra a absoluta pertinência de concentrar esforços no planejamento e fixação de estratégias para prevenção e enfrentamento de endemias, pandemias ou situações de tragédia como essa. Daí a necessidade de uma discussão mais ampla, com previsão de reserva de leitos para situações de urgência e emergência, a exemplo de tantos outros países. Vai depender, contudo, de financiamento e gestão comprometida, uma vez que as dificuldades atuais de atendimento e falta de leitos também requerem atenção", avalia Alexandre Bley.
No âmbito do Conselho, o programa de educação médica continuada, que já contempla atualização em casos endêmicos, como dengue e H1N1, será reavaliado para inclusão de cursos de qualificação profissional em outras situações de agravo com múltiplas vítimas, como traumas, queimaduras e intoxicações químicas, estas presentes no episódio de Santa Maria. A proximidade da Copa do Mundo e a perspectiva de maior afluxo de pessoas - e consequentes riscos - exigem ações estratégicas preventivas, de acordo com posição do Conselho.
Embora reconhecendo que, pela extensão da tragédia, seria muito difícil a estrutura hospitalar de uma cidade brasileira ter suporte para absorver tantas vítimas em proporção ao número de habitantes, o presidente do CRM vê como viável que Curitiba, por exemplo, firme protocolo entre gestores e prestadores de serviços estabelecendo parâmetros emergenciais. Em âmbito interno, o Conselho vai fortalecer as medidas preventivas, incluindo a exibição em seus eventos de cópia da planta do auditório e das saídas de emergência, além de propor que os eventos de maior porte exijam este requisito de segurança, entre outros, o que pode vir a se tornar regra para locais de grande concentração.
Os médicos paranaenses Marcio Luiz Nogarolli, Andreia Naufell e Juliana Zaninelli Maiolino passaram seis dias de trabalhos intensos junto à Força Nacional do SUS enviada para ajudar no atendimento às vítimas.
Em sua reunião plenária realizada na última segunda-feira, 4 de fevereiro, o Conselho Regional de Medicina do Paraná aprovou por unanimidade voto de louvor lavrado em ata para exaltar o trabalho solidário que se seguiu aos desdobramentos da tragédia de Santa Maria (RS), onde o incêndio da boate Kiss provocou a morte de pelo menos 238 pessoas e levou à hospitalização quase centena e meia.
Na deferência, o CRM fez especial distinção à ação dos profissionais médicos, inclusive de outros Estados, como do Paraná, que se deslocaram para Santa Maria e Porto Alegre para auxiliar na atenção aos pacientes internados. "Mesmo sem uma estrutura adequada, principalmente por conta da gravidade da situação e do número de feridos, percebemos que os médicos reafirmaram o compromisso pelo qual juraram na formatura, de preservar e salvaguardar a vidas das pessoas, atendendo com dignidade apesar das dificuldades", afirma o presidente do CRM-PR, Alexandre Gustavo Bley.
Ao consignar pesar pela tragédia e enaltecer o heroísmo e espírito solidário que se estendeu muito além da cidade do Rio Grande do Sul, consagrado polo estudantil, o Conselho de Medicina do Paraná decidiu ratificar posição junto aos gestores públicos da necessidade de se implementar plano de contingência para situações de emergência, com reserva de leitos, disponibilidade de equipamentos e infraestrutura e qualificação profissional. "Este fato mostra a absoluta pertinência de concentrar esforços no planejamento e fixação de estratégias para prevenção e enfrentamento de endemias, pandemias ou situações de tragédia como essa. Daí a necessidade de uma discussão mais ampla, com previsão de reserva de leitos para situações de urgência e emergência, a exemplo de tantos outros países. Vai depender, contudo, de financiamento e gestão comprometida, uma vez que as dificuldades atuais de atendimento e falta de leitos também requerem atenção", avalia Alexandre Bley.
No âmbito do Conselho, o programa de educação médica continuada, que já contempla atualização em casos endêmicos, como dengue e H1N1, será reavaliado para inclusão de cursos de qualificação profissional em outras situações de agravo com múltiplas vítimas, como traumas, queimaduras e intoxicações químicas, estas presentes no episódio de Santa Maria. A proximidade da Copa do Mundo e a perspectiva de maior afluxo de pessoas - e consequentes riscos - exigem ações estratégicas preventivas, de acordo com posição do Conselho.
Embora reconhecendo que, pela extensão da tragédia, seria muito difícil a estrutura hospitalar de uma cidade brasileira ter suporte para absorver tantas vítimas em proporção ao número de habitantes, o presidente do CRM vê como viável que Curitiba, por exemplo, firme protocolo entre gestores e prestadores de serviços estabelecendo parâmetros emergenciais. Em âmbito interno, o Conselho vai fortalecer as medidas preventivas, incluindo a exibição em seus eventos de cópia da planta do auditório e das saídas de emergência, além de propor que os eventos de maior porte exijam este requisito de segurança, entre outros, o que pode vir a se tornar regra para locais de grande concentração.