12/12/2023
Médicos residentes recebem menos da metade dos valores pagos aos profissionais do programa, contribuindo para elevar o número de vagas ociosas em hospitais-escola, que chega a 58%
O presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Romualdo Gama, e o secretário-geral, Anderson Grimminger Ramos estiveram reunidos na tarde de segunda-feira (11) com o deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar da Medicina e Odontologia, Ney Leprevost (União Brasil), quando apresentaram ofício que inicia a mobilização política para buscar a equiparação do pagamento de bolsa aos médicos residentes com os valores recebidos pelos bolsistas que participam do Programa Mais Médicos.
“Atualmente, os participantes do Programa Mais Médicos recebem praticamente o triplo que um residente”, afirma o presidente, ressaltando que o desequilíbrio gera vagas ociosas para residência. O Paraná conta com 5.112 vagas autorizadas para residências médicas e 2.963 estão ocupadas (58%). Somente na especialidade de clínica médica são 495 as autorizadas. No entanto, apenas 350 ocupadas. Como destacou o presidente do Conselho, a melhor remuneração aos residentes foi um compromisso de campanha do grupo de trabalho "Por respeito aos médicos", eleito em agosto e que assumiu mandato para a gestão 2023-2028 em 1º de outubro.
Em junho de 2023, o programa Mais Médicos teve o recorde de 34 mil profissionais inscritos em todo o país. O número de inscritos foi o maior já alcançado desde a criação do programa, em 2013, durante o governo da presidente Dilma Rousseff. Foram 5.970 vagadas distribuídas para 1.994 municípios brasileiros.
“O CRM-PR tem nosso apoio. Vamos enviar expediente ao governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) e, se preciso, também conversar com a nossa bancada federal para corrigir esse desequilíbrio”, destacou o parlamentar.