22/08/2011
CRM-PR avalia condições do HU de Maringá
Em vistoria, representantes do Conselho constataram problemas como superlotação
O Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) não tem condições de realizar procedimentos de alta e alguns procedimentos
de média complexidade em ortopedia. A constatação foi feita em vistoria realizada, no dia 19 de agosto, pelo Conselho Regional
de Medicina do Paraná (CRM-PR) à instituição.
Após a visita, os representantes do Conselho participaram de reunião com o diretor-superintendente do hospital, José Carlos
Amador. Para o presidente do CRM-PR, Carlos Roberto Goytacaz Rocha, que foi até Maringá para conhecer a situação de perto,
a superlotação de pacientes agrava a situação do HUM. "No dia da vistoria, havia 76 pacientes para atendimento de observação
no Pronto Socorro quando o limite é de 31. Isso no início da tarde", afirmou. As conclusões da vistoria farão parte de um
relatório, que será entregue ao HUM e também à Promotoria Pública de Maringá.
O vice-presidente do CRM-PR, Alexandre Gustavo Bley; o conselheiro Sérgio Maciel Molteni e o médico Décio di Conti, coordenador
e integrante da Câmara Técnica de Ortopedia e Traumatologia do Conselho; a conselheira Ana Maria Silveira Machado de Moraes;
e o médico fiscal do CRM-PR, Paulo Aranda, também participaram da vistoria e da reunião.
Justiça
Recentemente, várias decisões judiciais têm obrigado o HUM a realizar cirurgias ortopédicas. De acordo com o superintendente
José Carlos Amador, como o hospital não tem conseguido cumprir as determinações, está com 12% das verbas que receberia do
SUS retidas. "Não há condições técnicas para realizar essas cirurgias, tanto pela falta de aparelhos adequados quanto pela
inexistência de local para acomodar os pacientes", afirmou, ressaltando que o hospital conta apenas com duas salas cirúrgicas
para realizar os procedimentos.