24/02/2014
Há 42 anos ele atua como voluntário junto à população ribeirinha e comunidades indígenas do norte do país
Na sexta-feira, 21, o CRM-PR recebeu uma visita ilustre. O médico e padre José Raul Matte, que há 42 anos atua junto aos ribeirinhos e comunidades indígenas da Amazônia, abrilhantou a tarde com suas histórias de medicina, missão e amor ao serviço voluntário.
Ingressou no curso de Medicina para agradar ao pai, pegou o diploma em 1959 e foi encontrar-se com sua chamada, servir aos pobres. Ingressou no seminário da Congregação Camiliana e em 1967 foi ordenado padre. Durante esse período especializou-se em Pediatria em São Paulo e em 1972 chegou ao Amapá, de onde não saiu mais. Três anos depois a unidade foi absorvida pelos camilianos e mais tarde transformada em Hospital-Escola São Camilo e São Luís. Barco doado pela Cruz de Malta possibilitou ao padre-médico alcançar as comunidades mais afastadas. Foram assim centenas de missões levando apoio médico e espiritual. Além das comunidades que vivem às margens dos “igarapés”, o médico também visita regiões de difícil acesso e que raríssimas vezes recebem a visita de profissionais da saúde.
“Nem o Amazonas, o maior rio do mundo, é capaz de barrar José Raul Matte. Semanalmente, sem temer tempestades ou águas agitadas, ele adentra a floresta para levar sua mensagem e seu cuidado a milhares de pessoas”, diz trecho de material jornalístico produzido pelo CFM. De fato, nestas décadas de atendimento, ele colecionou histórias e aventuras.
No fim da conversa, apresentou ao presidente do CRM-PR, Mauricio Marcondes Ribas, um modesto vídeo institucional das Missões. Os olhos do padre Raul marejaram ao assistir sua história resumida em alguns minutos. “Sinto-me como um barquinho solto na vastidão do Amazonas, mas pilotado por Deus”, fala. “Dr. Raul nos emocionou com sua postura, exemplo de vida e voz mansa”, afirmou o presidente do CRM-PR.